Determinantes da Intenção de Rotatividade no Setor Público: um estudo em uma instituição federal de ensino
DOI:
https://doi.org/10.21118/apgs.v14i3.13039Resumo
Objetivo da pesquisa: Analisar os determinantes da intenção de rotatividade no setor público, verificando a influência das práticas de gestão de pessoas, da satisfação no trabalho e das características demográficas e ocupacionais na intenção de rotatividade dos servidores.
Enquadramento teórico: O desligamento voluntário de profissionais pode gerar consequências negativas para a organização, tais como: custos para contratação e treinamento de novos trabalhadores; perda da identidade organizacional; e redução na qualidade dos serviços prestados. Conhecer os determinantes da intenção de rotatividade dos servidores públicos pode contribuir para que os gestores públicos atuem na redução desses prejuízos à organização.
Metodologia: Trata-se de uma survey com 480 servidores técnico-administrativos de uma instituição federal de ensino. Utilizaram-se técnicas de estatística descritiva, análise fatorial exploratória e regressão linear múltipla.
Resultados: Verificou-se que a intenção de rotatividade no setor público é influenciada negativamente pelas práticas de envolvimento, condições de trabalho e remuneração e recompensas, assim como pela satisfação em relação ao salário e promoções e à natureza do trabalho. As práticas de recrutamento e seleção e a satisfação com os colegas influenciam positivamente a intenção de rotatividade. A idade e o gênero dos respondentes também estão associados à intenção de rotatividade, de modo que mulheres e pessoas mais velhas apresentam menor propensão em deixar a organização.
Originalidade: Este estudo se diferencia dos demais por explorar diferentes elementos organizacionais e variáveis relacionadas ao perfil dos trabalhadores, ampliando a discussão sobre os fatores que podem levar os servidores públicos a deixarem suas organizações.
Contribuições teóricas e práticas: Assim, esta pesquisa contribui para o campo da gestão pública, à medida em que traz evidências empíricas que podem servir de arcabouço para gestores público delinearem estratégias gerenciais, com foco nas práticas de gestão de pessoas e na satisfação, com o intuito de estimular a permanência de profissionais na organização.
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