USO DE CATALISADOR MAGNÉTICO DO TIPO FERRITA NÍQUEL-ZINCO PARA A OBTENÇÃO DE BIODIESEL

Autores

  • Ruth Luna do Nascimento Gonçalves Universidade Federal de Campina Grande
  • Ana Cristina Figueiredo de Melo Costa Universidade Federal de Campina Grande
  • Kleberson Ricardo de Oliveira Pereira Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.18540/jcecvl5iss2pp0195-0198

Palavras-chave:

biocombustível, catálise heterogênea, nanocatalisador, recuperação

Resumo

As reações para a síntese de biodiesel podem ser homogêneas ou heterogêneas, a depender do catalisador utilizado, sendo a heterogênea a melhor alternativa por permitir que o catalisador seja recuperado após a reação. Este trabalho teve como objetivo analisar a eficiência do catalisador magnético do tipo ferrita (Ni0,5Zn0,5Fe2O4), em reação de transesterificação, antes e após a sua recuperação. A taxa de conversão em biodiesel foi determinada por cromatografia gasosa. Os resultados mostraram que, no terceiro reuso, a taxa de conversão caiu de 80,25% (amostra de catalisador virgem) para 68,31%. Isto indica que a recuperação e posterior reuso é viável, pois as características catalíticas ainda podem ser mantidas.

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Biografia do Autor

Ruth Luna do Nascimento Gonçalves, Universidade Federal de Campina Grande

Mestranda em Exploração Petrolífera e Mineral pela Universidade Federal de Campina Grande. Graduada em Engenharia de Petróleo pela Universidade Federal de Campina Grande. Ex-bolsista do Programa Ciências sem Fronteiras (CSF), Agosto de 2014 a Julho de 2015, durante o qual estudou Engenharia de Petróleo na University of Alaska Fairbanks, Alaska/USA onde realizou um Academic Training durante o verão (maio-julho 2015). Neste Academic Training estudou os efeitos da produção de petróleo nas camadas de gelo permanente (permafrost) e possíveis isolantes térmicos que ajudariam a diminuir as taxas de derretimento das mesmas. Além disso desenvolveu pesquisas de iniciação científica, de 2015 a 2017, onde trabalhou com a síntese de biodiesel utilizando catalisadores magnético e silicoaluminofosfato (SAPO-5). Foi estagiária do Laboratório Computacional de Térmica e Fluidos (LCTF/UFCG) onde estudou a invasão de fluidos de perfuração em reservatórios utilizando os softwares ANSYS ICEM e ANSYS CFX.

Ana Cristina Figueiredo de Melo Costa, Universidade Federal de Campina Grande

Doutora em Ciências dos Materiais pela UFSCar em 2002. Atua desde então, no desenvolvimento de novos materiais via síntese química, atividades relacionadas à nanotecnologia e desenvolvimento de materiais para aplicação em eletro-eletrônica, aplicações em catálise, materiais magnéticos, ópticos, nanocompósitos, biomateriais, membranas cerâmicas e marcadores biológicos. Possui experiência em síntese e caracterização de materiais, desenvolvimento de materiais magnéticos para aplicações em catálise, absorvedores de radiação eletromagnética, marcadores biológicos e dispositivos magnéticos moles. A respectiva pesquisadora participa como membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais (conceito CAPES 5). Também atua na formação de recursos humanos participando ativamente dos programas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq; PIBIT/CNPq e PIVIC/UFCG. Revisora de periódicos internacionais no Journal of the European Ceramic Society, American Ceramic Society, Journal of Magnetism and Magnetic Materials, Journal of Alloys and Compounds, Journal of Materials of Science, Revista Cerâmica, Materials Research e nos periódicos nacionais Revista Matéria, Cerâmica, Revista Eletrônica em Engenharia de Processos, Revista Brasileira de Aplicação de Vácuo e Revista Polímeros.

Kleberson Ricardo de Oliveira Pereira, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (2000), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande (2003) e doutorado pela Universidade de São Paulo (2008). Atualmente é coordenador e professor do curso de Gestão e Especialização em Petróleo e Gás do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC) e pesquisador na Universidade Federal de Campina Grande, Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais, atuando na área de síntese e caracterização de nanopartículas magnéticas, silicoaluminofosfatos, aluminofosfatos e zeólitas, reação de hidrocraqueamento e catalisadores para biocombustíveis. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em Transformação de Materiais, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese e caracterização de catalisadores, caracterização de argilas, tratamento químico de argilas, obtenção de argilas organofílicas, nanocompósitos polímero-argila e desenvolvimento de novos materiais e atua na formação de recursos humanos participando ativamente dos programas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq/UFCG e PIVIC/UFCG.

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Publicado

2019-04-26

Como Citar

Gonçalves, R. L. do N., Costa, A. C. F. de M., & Pereira, K. R. de O. (2019). USO DE CATALISADOR MAGNÉTICO DO TIPO FERRITA NÍQUEL-ZINCO PARA A OBTENÇÃO DE BIODIESEL. The Journal of Engineering and Exact Sciences, 5(2), 0195–0198. https://doi.org/10.18540/jcecvl5iss2pp0195-0198

Edição

Seção

Engineering of Petroleum, Natural Gas and Biofuels