SELEÇÃO DE ALFAFA (MEDICAGO SATIVA L.) PARA TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v9i1.6279Palavras-chave:
melhoramento genético, leguminosa forrageira, acidezResumo
A alfafa (Medicago sativa L.) é uma leguminosa com alto potencial produtivo, qualidade de forragem e flexibilidade de utilização. Para a expansão desta forrageira no Brasil, torna-se necessário superar um dos maiores entraves, que é a falta de cultivares adaptadas às nossas condições de baixa fertilidade do solo. O melhoramento genético de alfafa para tolerância a solos ácidos pode ser uma alternativa importante para a maior utilização desta cultura, contribuindo na produção de carne e leite do país. O objetivo do presente estudo foi selecionar precocemente genótipos de alfafa para tolerância ao alumínio (Al) em solução nutritiva. Foram avaliados nove genótipos (Solo, Solução, Erechim, Porto Alegre, Estrela e São José do Inhacorá) e como testemunha a Cultivar Crioula. As concentrações de Al utilizadas foram:0; 3; 6; 12; 24; 48 µMol L1 AlCL3 com 100 µMol L-1 de CaCl2 cada. Foram selecionadas 25 plântulas com maior comprimento radicular (cm). Essas plântulas selecionas foram mantidas em casa de vegetação para crescimento e florescimentos. Onde foram realizados cruzamentos controlados dentro de cada genótipo. Com as sementes provenientes destes cruzamentos (F1) foi realizado mais um ciclo de seleção (F2) e os resultados mostraram superioridade do crescimento radicular das populações São José do Inhacorá, Solução e Porto Alegre, indicando uma maior tolerância ao Al tóxico e progresso na seleção para este caráter. Foi possível observar que a seleção em solução nutritiva foi eficiente na discriminação de genótipos com maior tolerância ao alumínio, principalmente nas concentrações 6 µMol L-1 e 12 µMol L-1 de alumínio, com 100 µMol L-1 de cálcio. Os genótipos de alfafa que mostram maior tolerância ao alumínio tóxico (Solução, São José do Inhacorá e Porto Alegre) continuam no Programa de Melhoramento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para realização de testes de valor, cultivo e uso (VCU) para posteriormente serem encaminhados para registro.
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