SELEÇÃO DE ALFAFA (MEDICAGO SATIVA L.) PARA TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA

Autores

  • Karla Médici Saraiva de Ávila Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Mariana Rockenbach de Ávila Universidade Federal do Pampa - Dom Pedrito, RS, Brasil.
  • Raquel Schneider-Canny Samuel Roberts Noble Foundation, EUA.
  • Miguel Dall'Agnol Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Mêmora Giovana Schmidt de Bitencourt Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Gabriela Volkmann Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.21206/rbas.v9i1.6279

Palavras-chave:

melhoramento genético, leguminosa forrageira, acidez

Resumo

A alfafa (Medicago sativa L.) é uma leguminosa com alto potencial produtivo, qualidade de forragem e flexibilidade de utilização. Para a expansão desta forrageira no Brasil, torna-se necessário superar um dos maiores entraves, que é a falta de cultivares adaptadas às nossas condições de baixa fertilidade do solo. O melhoramento genético de alfafa para tolerância a solos ácidos pode ser uma alternativa importante para a maior utilização desta cultura, contribuindo na produção de carne e leite do país. O objetivo do presente estudo foi selecionar precocemente genótipos de alfafa para tolerância ao alumínio (Al) em solução nutritiva. Foram avaliados nove genótipos (Solo, Solução, Erechim, Porto Alegre, Estrela e São José do Inhacorá) e como testemunha a Cultivar Crioula. As concentrações de Al utilizadas foram:0; 3; 6; 12; 24; 48 µMol L1 AlCL3 com 100 µMol L-1 de CaCl2 cada. Foram selecionadas 25 plântulas com maior comprimento radicular (cm). Essas plântulas selecionas foram mantidas em casa de vegetação para crescimento e florescimentos. Onde foram realizados cruzamentos controlados dentro de cada genótipo. Com as sementes provenientes destes cruzamentos (F1) foi realizado mais um ciclo de seleção (F2) e os resultados mostraram superioridade do crescimento radicular das populações São José do Inhacorá, Solução e Porto Alegre, indicando uma maior tolerância ao Al tóxico e progresso na seleção para este caráter. Foi possível observar que a seleção em solução nutritiva foi eficiente na discriminação de genótipos com maior tolerância ao alumínio, principalmente nas concentrações 6 µMol L-1 e 12 µMol L-1 de alumínio, com 100 µMol L-1 de cálcio. Os genótipos de alfafa que mostram maior tolerância ao alumínio tóxico (Solução, São José do Inhacorá e Porto Alegre) continuam no Programa de Melhoramento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para realização de testes de valor, cultivo e uso (VCU) para posteriormente serem encaminhados para registro.

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Biografia do Autor

Karla Médici Saraiva de Ávila, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em AGRONOMIA pela Universidade da Região da Campanha (2008). É mestre em Zootecnia, área de concentração Plantas Forrageiras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011) e doutora em Zootecnia, área de concentração Melhoramento de Plantas Forrageiras, também pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015). Tem experiência também com Manejo de Lavouras de Soja e Arroz, pois atua como produtora rural e também com assistência agronômica em lavouras dessas culturas. Atua nos seguintes temas: produção agronômica, manejo e produção de pastagens, melhoramento genético de plantas, seleção e produção de sementes.

Mariana Rockenbach de Ávila, Universidade Federal do Pampa - Dom Pedrito, RS, Brasil.

Possui graduação em Tecnologia em Agropecuária pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2010). Na graduação recebeu a bolsa CNPq para trabalhar com pesquisa em Nutrição animal e Forrageiras na Embrapa Pecuária Sul. É Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012). Durante o Mestrado em Zootecnia recebeu a bolsa Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Trabalhou durante um ano no Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (bolsa DTI-C/CNPq). É Doutora em Zootecnia - Departamento de Plantas Forrageiras: Área de concentração Melhoramento genético de plantas forrageiras - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior pela CAPES na Universidad Pública de Navarra, Pamplona, Espanha, na área de Agrobiotecnologia. Trabalhou durante um ano como docente no Curso de Agronomia do Instituto de Desenvolvimento Educacional de Bagé ministrando disciplinas de Genética Agrícola, Melhoramento Genético de Plantas e Nutrição Animal e Bromatologia nas Faculdades IDEAU. Atualmente é docente no Curso de Tecnologia em Agronegócio da Universidade Federal do Pampa, Campus Dom Pedrito, ministrando os componentes de Comercialização de Produtos Agropecuários, Cadeias Produtivas Agrícolas, Contabilidade no Agronegócio, Fundamentos de Administração e Administração do Agronegócio.

Raquel Schneider-Canny, Samuel Roberts Noble Foundation, EUA.


Possui graduação em Tecnologia em Agropecuária: Fruticultura pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2007), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Tem experiência na área de Caracterização de Germoplasma e Melhoramento Genético de Plantas Forrageiras, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização agronômica, caracterização morfológica, diversidade genética, tolerância ao estresse hídrico e tolerância ao alumínio em trevo-branco. Pesqusiadora atualmente na Samuel Roberts Noble Foundation (desde 2015).

Miguel Dall'Agnol, Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Possui graduação em Agronomia pela Universidade de Passo Fundo (1978), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1981) e doutorado e pós-doutorado pela University of Georgia. Atualmente é Professor Titular da UFRGS, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e líder do Grupo de Pesquisa Melhoramento de Forrageiras. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Melhoramento de Plantas Forrageiras.

Mêmora Giovana Schmidt de Bitencourt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Ensino Profissional de nível técnico pela Escola Técnica Estadual Visconde de São Leopoldo, Brasil(2002) com estágio de conclusão pela Câmara de Agricultura de Hannover, Alemanha com duração de um ano. Atualmente é Engenheira Agrnônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde foi bolsista de Iniciação Científica no Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia na área de Melhoramento de Plantas Forrageiras. Presidente do Diretório Acadêmico Leopoldo Cortês da Faculdade de Agronomia da UFRGS por dois anos.

Gabriela Volkmann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agroecologia, Agricultura Orgânica e Biodinâmica.

Referências

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Publicado

2019-05-17

Como Citar

de Ávila, K. M. S., Ávila, M. R. de, Schneider-Canny, R., Dall’Agnol, M., de Bitencourt, M. G. S., & Volkmann, G. (2019). SELEÇÃO DE ALFAFA (MEDICAGO SATIVA L.) PARA TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA. Revista Brasileira De Agropecuária Sustentável, 9(1). https://doi.org/10.21206/rbas.v9i1.6279

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