GONGOCOMPOSTO: SUBSTRATO ORGÂNICO PROVENIENTE DE RESÍDUOS DE PODA PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE
DOI:
https://doi.org/10.21206/rbas.v9i3.8107Palavras-chave:
Resíduos orgânicos, gongolos, substrato orgânico, Agroecologia.Resumo
O substrato constitui-se em um dos fatores limitantes à produção de mudas, tornando-se importante o constante desenvolvimento de tecnologias que possibilitem produzir substratos a partir de materiais renováveis e de baixo custo. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência dos substratos orgânicos obtidos pela gongocompostagem mediada pelo diplópode Trigoniulus corallinus, na produção de mudas de alface crespa. Os resíduos empregados na gongocompostagem foram os galhos finos e folhas de quatro espécies arbóreas: Terminalia catappa (Amendoeira), Licania tomentosa (Oiti), Senna siamea (Cassia), Albizia lebbeck (Albizia), os quais foram compostados por 120 dias. Os substratos gerados foram caracterizados quanto às suas propriedades físicas, físico-químicas e químicas. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com 12 tratamentos e cinco repetições, dispostos em arranjo fatorial 6x2 (substratos com e sem adição de farelo de mamona). Aos 21 dias após a semeadura avaliou-se a massa fresca e seca da parte aérea, massa fresca e seca de raízes, o vigor da muda e estabilidade do torrão. A análise física e química dos gongocompostos revelou que as características se encontravam dentro de níveis adequados ao emprego como substratos. Os gongocompostos proporcionaram crescimento de parte aérea e de raízes semelhantes entre si, todavia, quando o farelo de mamona foi adicionado aos gongocompostos, as produções de parte aérea e de raízes foram otimizadas, sobretudo no substrato constituído de Licania tomentosa e Albizia lebbeck, que proporcionou a obtenção de mudas com vigor maior do que o substrato SIPA e menor apenas do que o substrato comercial avaliado.
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