SISTEMA DE COTAS E FRAUDES EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl3iss3pp0001-0023Palavras-chave:
Cursos de alto prestígio; sistema de cotas; subcotas Étnico-raciais; fraudes; mulheres pretas.Resumo
Neste artigo são apresentados alguns resultados de uma pesquisa financiada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq-2017/2018. A investigação visava a pesquisar o impacto, em sentido amplo, do ingresso de estudantes subcotistas étnico-raciais na UNIVERSIDADE X, mas em alguns de seus cursos de alto prestígio, a saber: Agronomia, Direito, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Medicina e Medicina Veterinária. O período pesquisado, do primeiro semestre de 2013 ao segundo semestre de 2016, refere-se ao prazo para o cumprimento integral do disposto na Lei 12.711/2012, que determinou a implantação do sistema de cotas nas universidades federais brasileiras. Constatou-se, por um lado, que houve o ingresso fraudulento de estudantes brancos/as nas subcotas étnico-raciais destinadas a estudantes pretos/as, pardos/as e indígenas. Por outro lado, e em consequência das fraudes, a pesquisa também evidenciou a pouca presença de estudantes negras (pretas e pardas) nos cursos supracitados, mesmo após a implementação de uma política pública que tinha como objetivo aumentar a presença dessas estudantes na universidade.