Hegel no tempo do fim: a filosofia contra o relógio
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl4iss1pp10001-10014Palavras-chave:
Hegel, Tarefa da filosofia, Tempo do Fim, Günther AndersResumo
No prefácio que escreveu à sua Filosofia do Direito, Hegel debate criticamente com seus contemporâneos e oferece uma das principais colaborações sobre o papel da filosofia e dos filósofos desenvolvidas na modernidade, defendendo a paciência como atributo indispensável ao fazer filosófico. O texto completa 200 anos em meio à pandemia de Covid-19, quando não apenas o vírus, mas também acaloradas contendas filosóficas se alastram em escala global. Em meio a esse cenário, a comemoração do bicentenário do prefácio traz à tona a pergunta: será que é possível filosofar no calor da hora? Motivados por esta questão, buscamos contrapor a leitura do texto hegeliano ao diagnóstico do tempo presente desenvolvido por Günther Anders, em suas “Teses para a Era Atômica”, a fim de refletir acerca do tempo adequado ao exercício filosófico e das dificuldades enfrentadas pela filosofia em momentos de emergência, quadro em que o coronavírus é apenas o mais recente episódio daquilo que Anders caracterizou como “Tempo do Fim”.
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