O Estado no Plano Político Estratégico do MST: breves considerações sobre a aproximação com o executivo do Estado durante o Governo Lula
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl4iss2pp12763-01-15ePalavras-chave:
Estado. MST. Questão agrária. Reprodução capitalista.Resumo
O presente trabalho tem por finalidade discorrer brevemente sobre a relação entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Estado, que se apresenta no plano estratégico-político desse movimento social a partir dos programas de reforma agrária que concebeu ao longo de sua trajetória histórica. Vale lembrar, em tais programas estão não só sua concepção e proposta de socialização da terra ou de reforma agrária, como também estão expressos a programática política estratégica que projeta para o conjunto da sociedade. Destarte, aqui foi realizado um estudo aproximativo de alguns programas de reforma agrária elaborados pelo MST, em que se analisa e se tece considerações sobre a relação que costura com o Estado. Observou-se que o aparato estatal aparece como uma mediação importante para o MST, seja pela pressão imediata para efetivação da reforma agrária, seja porque, do ponto de vista mais geral, o Estado assume relevância fundamental para viabilidade do projeto político que concebe. No entanto, o mesmo Estado que buscou aproximação durante o Governo Lula serviu de alicerce institucional para reprodução do capitalismo dependente do Brasil, que tem correlação direta com a questão agrária.
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