CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES PARA A ANÁLISE DAS PROFISSÕES DE ARQUIVISTA E MUSEÓLOGO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl2iss2pp0264-0280Palavras-chave:
Sociologia das Profissões, Arquivista, MuseólogoResumo
Este artigo consiste em uma reflexão teórica, realizada a partir de levantamento bibliográfico, sobre a contribuição da Sociologia das Profissões para a análise das profissões de Arquivista e Museólogo no Brasil. Buscou-se desenvolver, sempre que possível convergindo para a realidade dos Arquivistas e dos Museólogos, os conteúdos da Sociologia das Profissões sobre a centralidade do conhecimento científico e o papel do Estado nas determinações profissionais e também sobre as profissões na sociedade democrática e a organização profissional. Este trabalho demonstrou que o diploma de nível superior é um critério determinante para distinguir os conceitos de profissão e ocupação e que o Estado exerce um papel relevante nas determinações profissionais. Destacou-se que cada grupo profissional possui um campo de atividade exclusivo e um campo residual de atuação profissional, no qual as profissões concorrem pelo mercado de trabalho. O controle legal sobre as profissões de Arquivistas e Museólogos, por meio da formação universitária e da regulamentação profissional, garante-lhes o exercício jurisdicional sobre certas atividades exclusivas; no entanto, não os exime da investida de alguns grupos, como dos Historiadores, pois a disputa é inerente ao campo das profissões. Na reflexão teórica aqui apresentada, evidenciou-se que as organizações profissionais são as responsáveis pela definição de laços de confiança púbica nas profissões e entre os profissionais. O campo museológico está melhor representado pelo Conselho Federal de Museologia e pelos Conselhos Regionais de Museologia. Ao passo que as associações estaduais é o tipo de organização profissional que se sobressai no campo arquivístico.
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