GÊNERO IMPOSTO - COAÇÃO E PUNIÇÃO HEGEMÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl3iss2pp0034-0048Palavras-chave:
Imposição de gênero. Sexualidade. Heteronormativismo.Resumo
A construção do gênero de um indivíduo é arquitetada antes mesmo do seu nascimento, por via de um sistema social consuetudinário que progride numa hegemonia amestrada em um padrão sexo-gênero-sexualidade, que torna o ser humano binário em macho e fêmea e o condiciona aos papeis sociais de ser homem ou mulher. Tal fato não contempla as plurais necessidades humanas, de gênero e sexualidade, e condiciona uma heteronormatividade hegemônica, que visa normatizar, por via da imposição, os sujeitos divergentes, os tornando alvo do sexismo e da homofobia. O objetivo deste artigo é desdobrar a cultura hegemônica da imposição de gênero e sexualidade na vida e resistência de pessoas divergentes ao heteronormativismo. Com apoio na abordagem qualitativa, a opção metodológica recaiu sobre a História de Vida. Os relatos, embasados na literatura, apontam resultados congruentes sobre as mazelas passadas, decorrentes da imposição de gênero e sexualidade na História de Vida do sujeito. Conclui-se que, devido à natureza da divergência de gênero e sexualidade, o sujeito é mais e/ou menos violado em seus direitos humanos e sociais.