Haitianismo e percepção da Revolução Haitiana na sociedade escravista brasileira do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v11i02.14537Palavras-chave:
Haitianismo, Brasil, Questões Sociorraciais.Resumo
Neste trabalho, analisamos o impacto da Revolução Haitiana no Mundo Atlântico, especialmente no Brasil, debatendo com uma nova historiografia que, revisando os eventos, percebe o lado sociorracial do movimento e suas repercussões. Por meio de revisão historiográfica e da leitura de fontes trazidas pelos autores trabalhados, desenvolvemos uma revisão do tema, pensando a organização dos negros, as informações recebidas e difundidas por eles acerca de sua própria luta e o que ouviam sobre a Revolução Haitiana. Tudo isso é pensado no escopo do que se chamou à época haitianismo: a repercussão dos eventos do Haiti em outras partes da América escravista. Realizamos leitura e fichamento das obras e análise dos jornais O Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro, focando na repressão desenvolvida por parte das elites brancas amedrontadas pela possibilidade de revoltas negras como a do Haiti no Brasil. Procuramos perceber como as próprias pessoas escravizadas e livres de cor ressignificavam sua luta em um contexto novo que se abria em todo o Mundo Atlântico. Nossa atenção se volta especialmente à maneira como se criou mecanismos de repressão social e silenciamento histórico que permanecem em nossa cultura como estigmas sociais profundos, os quais às vezes passam despercebidos.
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