O que leva a pluralidade a ser objeto de crises e rupturas políticas:
reflexões e compreensões no pensamento de Hannah Arendt
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v12i2%20(número%20especial).15992Palavras-chave:
Hannah Arendt; Política; Pluralidade-crise.Resumo
O presente texto tem como objetivo a compreensão da pluralidade como objeto de crises e rupturas na política. O tema é problematizado a partir do pressuposto pluralidade versus crise. No intuito de compreender, utilizou-se como fundamentação teórica o pensamento de Hannah Arendt. Por essa razão, tem-se como problemática de pesquisa: por que a pluralidade na política é objeto de crises, a partir do pensamento de Hannah Arendt? Em relação aos objetivos, tem-se o geral em compreender a problemática, enquanto, os específicos são: (1) identificar o conceito de política em Hannah Arendt, (2) analisar o conceito de pluralidade em Arendt e (3) discutir a relação de crise da pluralidade no pensamento de Arendt. Sendo assim, a pesquisa, constitui-se como uma revisão bibliográfica, articulada com os principais livros da autora sobre o conceito de política: “As Origens do Totalitarismo” (1951), “A Condição Humana” (1958), “Entre o Passado e o Futuro” (1961) e o “O que é Política?” (1993). Espera-se como resultado discursivo a manutenção da pluralidade presente no pensamento de Arendt, como um remédio para evitar a solidão política. Embora a pluralidade seja fruto de rupturas, Arendt indica a possibilidade de novos inícios pelo que ela denominou de: “atividades verdadeiramente políticas”, que são o “agir” e o “falar”.
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