O processo de transição de acampada para assentada
Resumo
O objetivo deste trabalho é relatar a participação da mulher no espaço do acampamento, sua contribuição na consolidação e manutenção do Assentamento rural 8 de Junho, localizado em Laranjeiras do Sul – PR. O trabalho pretende fazer a reconstituição histórica do acampamento e assentamento na ótica das relações de gênero, partindo de relatos do cotidiano das famílias. Ao examinar tal processo os resultados apontaram incipiente empoderamento da mulher em consequencia o desempoderamento masculino, decorrente dos processos sociais e políticos vividos por grande parte das famílias no período do acampamento, e sua inserção nas atividades extra-propriedade. Dessa forma, as mulheres de modo ínfimo têm assumido o poder na propriedade ou dividindo-o com o parceiro e filhos.
Downloads
Referências
BONI, Valdete. Produtivo ou Reprodutivo: O trabalho das mulheres nas agroindústrias familiares - um estudo na região oeste de Santa Catarina. 2005, 99f. Dissertação (Mestrado de Sociologia Política) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
BRUMER, Anita; ANJOS, Gabriele dos. Relações de gênero em Assentamentos: a noção de empoderamento em questão. In: Adriana Lopes; Andrea Butto Zarzar (Org.) Mulheres na Reforma Agrária a experiência recente no Brasil. Brasília: MDA, 2008. Cap.7, p.217-240.
CABRAL, Gilda. Este negócio de gênero... sei não! In: Setor de gênero – MST (Org.) Construindo novas relações de gênero: desafiando relações de poder. São Paulo: ANCA, 2003. Cap.4, p.51-56.
CARNEIRO, Maria José. Mulheres no campo: notas sobre sua participação política e a condição social do gênero. Revista Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, n. 2, p.11-22. jun/ 1994.
DE GRANDI, Alessandra B. Relações de Gênero nas Famílias Agricultoras Associadas a Mini-Usinas de Leite: no Estado de Santa Catarina. 1999. 99 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
ELLIS, Frank. Household strategies and rural livelihood diversification. Journal of Development Studies, v.35, n.1, p.1-38, Oct/1999.
ELLIS, Frank; BIGGS, Stephen. Evolving themes in rural development 1950s-2000s. Development Policy Review, v.19, n.4, p. 437-448, 2001.
FERNANDES, Bernardo Mançano. Contribuição ao estudo do campesinato brasileiro formação e territorialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST (1979 –1999). 1999, 318f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.
MAGALHÃES, Reginaldo Sales. A “masculinização” da produçao de leite. Revista de Economia e Sociologia Rural, Piracicaba, v.47, n.1, p.275-300, jan/mar. 2009.
MARTINEZ, Rossana Vitelli. Capital social, participação e cidadania no meio rural: uma perspectiva de gênero. 2010, 290f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
OLIVEIRA, Maria de Lourdes Souza. Mulheres na liderança, relações de gênero e empoderamento em assentamentos de Reforma Agrária: o caso do Saco do Rio Preto em Minas Gerais. 2006, 134f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2006.
PAULILO, Maria Ignez S. Trabalho familiar: uma categoria esquecida de análise. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, n.12, v.1, p.229-251, jan/abr. 2004.
SCHNEIDER, Sergio. A pluriatividade na agricultura familiar. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98