DISCRIMINAÇÃO ÉTNICA EM MOÇAMBIQUE: ELO-BASE QUE EXIGE ELIMINAÇÃO PARA PAZ EFECTIVA
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl3iss3pp0224-0250Palabras clave:
Discriminação étnica, Guerra, PazResumen
Moçambique vive uma discriminação étnica asfixiante e humilhante. A discriminação étnica tem uma génese histórica e enraizou-se gravemente na sociedade ao longo dos tempos, constituindo a causa-base da acumulação de ódios. A sua progressão descaracterizou o pensamento dos nacionalistas e o genuíno interesse de libertar o país do jugo colonial. Com a proclamação da Independência Nacional, ela ampliou-se, cobrindo negativamente as atitudes nas esferas de governação. A discriminação étnica promove a deturpação da história nacional, desalinha as políticas públicas e inviabiliza a efectivação da verdadeira Unidade Nacional. A instabilidade criada pela RENAMO nasceu do ódio gerado pelo desprezo fundado na discriminação étnica, cujos acordos são celebrados também com uma dose de má-fé, derivada da percepção dos complexos de superioridade ou inferioridade étnica das partes, facto que torna esses documentos mal negociados e, em consequência, nunca cumpridos. Em todos os acordos de paz a agenda negocial acordada na véspera elenca simplesmente as consequências dos conflitos, e nunca os aspectos de base que servem de motivação para o desencadeamento da violência, de entre os quais figuram a discriminação étnica e a exclusão social.
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