REFORMAS, TRABALHO E IDENTIDADES DOCENTES

Autores/as

  • Núbia Cristina dos Santos Lemes Universidade Federal de Goiás
  • Kênia Abbadia de Melo Universidade Federal de Goiás
  • Bruno Borges Universidade federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.18540/revesvl1iss2pp0209-0222

Palabras clave:

Educação, Trabalho docente, Identidade, Reformas educacionais

Resumen

As mudanças ocorridas no mundo do trabalho nas últimas décadas têm reforçado a necessidade de formação de um novo tipo de trabalhador. A educação, nesse contexto, é colocada como uma área de grande valor estratégico e é apontada tanto como a causa como a solução para os problemas inerentes ao sistema capitalista. Os reformadores empresariais, na ambição de ‘consertar’ a educação, veiculam um discurso que desqualifica as práticas docentes – consideradas ineficientes, e, ao mesmo tempo, formulam propostas de reformas que visam a alteração do próprio trabalho dos professores e professoras; fatores que abalam a identidade desses profissionais. Por meio de um diálogo com importantes autores da área de trabalho e educação o presente estudo aborda a relação entre o trabalho e a constituição das identidades nas atividades laborais em geral e na docência em particular, além de indicar aspectos de como as transformações no mundo do trabalho e as reformas educacionais das últimas décadas têm induzido alterações nas identidades dos professores e professoras; além disso, demonstra como as reformas vão ao encontro dos interesses dos grupos hegemônicos da sociedade capitalista contemporânea e contra os interesses daqueles que se pautam pela construção de uma sociedade mais democrática e inclusiva.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Núbia Cristina dos Santos Lemes, Universidade Federal de Goiás

É Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás. Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2012). Fez Especialização em Educação Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2005). Possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual de Goiás - Iporá (2002) e graduação em Ciências - Fisícas e Biológicas pela Faculdade de Educação Ciências e Letras de Iporá (1996). Atualmente é professora efetiva da Universidade Estadual de Goiás - Iporá e professora efetiva - Secretaria de Estado da Educação. Tem experiência na área de Educação Matemática e Formação de Professores.

Kênia Abbadia de Melo, Universidade Federal de Goiás

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Mestrado em Educação pela Univesidade Católica de Goiás. Especialização em Língua Portuguesa pela Universidade Salgado de Olivieira. Graduação em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Catalão CESUC. Atualmente é professora da Universidade Estadual de Goiás. Tem experiência em educação com ênfase nas atividades de ensino e pesquisa

Bruno Borges, Universidade federal de Goiás

Possui graduação em História (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), mestrado em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia (2004) e é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (14ª Turma, ingresso em 2015). Tem experiência na área de História com ênfase em História Moderna e Contemporânea e História da América e realiza pesquisas abordando o trabalho docente no ensino básico privado. Atuou como professor em instituições privadas de ensino médio na região do Triângulo Mineiro de 1991 até 2017 e atualmente é professor do ensino básico, técnico e tecnológico (área História) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - campus Tupã. 

Citas

APPLE, Michael W. Controlar o trabalho docente. Proletarização: classe e gênero. In: APPLE, Michael W. Manuais
escolares e trabalho docente: uma economia política das relações de classe e gênero na Educação. Lisboa:
Didáctica Editora, 2002. p. 26-62.

CARDOSO, Maurício Estevam. Identidade(s) docente(s): aproximações teóricas. In: OLIVEIRA, Dalila A.; PINI,
Mônica E.; FELDFEBER, Myriam. (orgs.) Políticas educacionais e trabalho docente – perspectiva
comparada. Belo Horizonte: Fino Traço, 2011. p. 187-213.

CARVALHO, M. M. C de. Reformas da Instrução Pública. In: LOPES, E. M. T; FARIA FILHO, L. M de; VEIGA, C.
G. (org). 500 Anos de Educação no Brasil. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. (Coleção Historial, 6).

CIAMPA, A. da C. Identidade. In: LANE, S. (org.). Psicologia social – o homem em movimento. São Paulo:
Brasiliense, 2001. p. 58-75.

COUTINHO, Maria Chalfin et al. Identidade e trabalho na contemporaneidade: repensando articulações possíveis.
Psicologia & Sociedade; 19, Edição Especial 1, p. 29-37, 2007.

DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. Portugal – Porto: Porto Editora,
1997.

EVANGELISTA, Olinda; TRICHES, Jocemara. Professor: a profissão que pode mudar um país? In: EVANGELISTA,
Olinda (org.). O que revelam os slogans na política educacional. Araraquara-SP: Junqueira & Marin, 2014. p.
47-82.

HYPOLITO, Álvaro L. M. Trabalho docente, classe social e relações de gênero. Campinas: Papirus, 1997.

KADDOURI, Moktar. Dinâmicas Identitárias e relações com a formação. In: BRITO, Vera L. F. A. de (org.).
Professores: identidade, profissionalização e formação. Belo Horizonte: Argumentum, 2009. p. 23-44.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. As reformas educacionais e suas repercussões sobre o trabalho docente. In: OLIVEIRA,
Dalila Andrade (org.). Reformas educacionais na América Latina e os trabalhadores docentes. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003. p. 13-37.

SAVIANI, Dermeval. Perspectiva Marxiana do problema subjetividade-intersubjetividade. In: DUARTE, N. (org.).
Crítica ao Fetichismo da individualidade. Campinas-SP: Autores Associados, 2004. p. 21-52.

TAYLOR, Frederick W. Princípios da administração científica. Disponível em:
<http://portaldoconhecimento.no.comunidades.net>. Acesso em: 12 jun. 2016.

Publicado

2018-08-31

Cómo citar

Lemes, N. C. dos S., de Melo, K. A., & Borges, B. (2018). REFORMAS, TRABALHO E IDENTIDADES DOCENTES. REVES - Revista Relações Sociais, 1(2), 0209–0222. https://doi.org/10.18540/revesvl1iss2pp0209-0222

Número

Sección

Educação