DIÁLOGOS EM HUMANIDADES
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl2iss3pp000i-0iiiPalabras clave:
Nordeste. Poder.Trabalho. Northeast Brazil. Power. Work.Resumen
Neste terceiro número do volume 2 (2019) da Revista Relações Sociais fazemos uma reflexão sobre dois temas fundamentais, o Nordeste e o Mundo do Trabalho. Parece lugar comum, no entanto, são debates ricos que nos remetem a uma reflexão necessária sobre a vida, a sobrevivência, a desigualdade social, a miséria e a exploração. O Corpo Editorial e seus colaboradores acreditam que nunca é suficiente retomar a reflexão sobre o mundo da vida e o mundo do trabalho, sobre aqueles a quem a dignidade lhe foi tirada e para aqueles que vivem do trabalho (ANTUNES, 2002). Não temos outro instrumento que nos permita contribuir com as transformações de uma sociedade tão desigual, injusta, a não ser abrindo espaço, dando vez e voz aos autores que se dispõem a refletir sobre este país e seu povo, tão lindo e tão cinza ao mesmo tempo, um país amordaçado em sua potência de ser justo e igualitário, mas, apesar de todos os pesares, tem em suas veias a tenacidade do homem nordestino que, para Cunha (1985), é antes de tudo um forte. Neste volume trazemos temas interessantes, que nos conectam a pensadores, cantadores, poetas, como José de Alencar, José Lins do Rego, Ariano Suassuna, Belchior, Geraldo Azevedo, Zé Geraldo, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Cora Coralina e tantos outros que, com seus escritos, poesias e músicas, registram a beleza, a singularidade, a riqueza, a pobreza e o sofrimento do nordestino, do homem que rega com suas lágrimas a terra para que dela possa brotar o seu pão de cada dia. Este volume, como o “fio de Ariadne” traz um liame com o mundo do trabalho que esperamos contribuir para transformações em uma sociedade tão desigual, injusta e opressora; um caminho a ser seguido, um enigma a ser solucionado, uma “quimera” a ser derrotada, sejamos como Teseu, o herói grego que venceu o labirinto do Minotauro, seguindo o “fio de Ariadne”, sua amada.
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Citas
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do Trabalho. 6ª ed. São Paulo: Boitempo Editoral. 2002.
ASSARÉ, Patativa. "Triste Partida" em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga, s/d.
CUNHA, Euclides. Os Sertões. São Paulo: Editora Brasiliense S.A.,1985.
GONZAGA, Luiz. Asa Branca. "Asa Branca" feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947.
SUASSUNA, Ariano. O Santo e a Porca: Imitação Nordestina de Plauto (1957). Recife: Imp. Universitária, 1964.