O SENSO COMUM EM LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.18540/revesvl3iss3pp0189-0206Palabras clave:
senso comum. livros didáticos de sociologia. zeitgeist.Resumen
Este artigo analisa a noção de senso comum nos livros didáticos de sociologia brasileira, que normalmente o aplicam na conceituação do que é ciência para delimitar o lugar da sociologia de um ponto de vista epistemológico e pedagógico. Foram analisados livros de sociologia que abordaram o termo “senso comum” e o explicaram, seja de maneira direta ou de maneira indireta. O resultado da pesquisa apontou que a definição indireta se baseia no zeitgeist hegeliano – pois concebe o senso comum como um bloco monolítico de pensamento que se opõe dualmente à ciência – e que a definição direta se baseia na revisão do conceito na filosofia – e o “transplante” dele para o livro didático de sociologia, dado que gera interessantes consequências também para o ensino de filosofia. No fim, refletimos sobre a retirada e a colocada da sociologia e da filosofia nos currículos escolares brasileiras com base no modo como o conceito de senso comum se configurou no corpus empírico analisado, buscando contribuir para e explicação desse fenômeno.