Entre a criminologia midiática e o racismo de Estado

O caso DJ Rennan da Penha

Authors

Abstract

Em 2019, o DJ Rennan da Penha foi preso sob acusação de associação ao tráfico de drogas no Complexo do Alemão. Este trabalho tem como objetivo analisar a reverberação da cobertura midiática que envolveu a prisão do DJ. Os materiais dessa pesquisa concentram-se em sites de notícias de mídias corporativas e alternativas e foram submetidos à análise de discurso foucaultiana. As mídias corporativas estabelecem uma criminologia midiática a partir de rótulos e etiquetas que reforçam estereótipos sobre indivíduos pretos e pobres no Brasil. As mídias alternativas ampliam a reflexão e problematizam aquilo que julgam ser o verdadeiro problema da estrutura social brasileira: o racismo. O estudo da reverberação midiática do caso mostrou de que não se trata de um fato isolado, pois o fenômeno da seletividade atinge diariamente milhares de jovens negros e pobres que são rotulados pela cor da pele, por suas condições materiais e/ou linguagens periféricas, favorecendo, assim, o encarceramento em massa e o genocídio do povo preto.

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Author Biography

Lays Matias Mazoti Corrêa, Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba

Docente assistente da Universidade Federal de Viçosa, campus de Rio Paranaíba-MG. Doutorado em Ciências Sociais pela UNESP, campus de Marília-SP. Mestre em História pela UNIOESTE, campus de Marechal Candido Rondon-PR. Possui graduação em História-Licenciatura na UFMS/ CPTL. Na área de pesquisa tem atuado a partir das articulações entre História, Sociologia e Antropologia no estudo das culturas populares e expressões artísticas, como literatura, música e cinema. É líder do grupo de pesquisa Não recomendadxs - Sexualidade, gênero e interseccionalidades na UFV/CRP.

Published

2022-11-25

How to Cite

Corrêa, L. M. M., & de Oliveira Mendes, J. P. . (2022). Entre a criminologia midiática e o racismo de Estado: O caso DJ Rennan da Penha. Revista De Ciências Humanas, 2(22). Retrieved from https://beta.periodicos.ufv.br/RCH/article/view/14262