Programas Performativos Pandêmicos como registro e continuidade dos processos de criação em dança durante a pandemia

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Resumen

Como artista da dança, diretor do T.F. Cia de Dança[1], este texto surge a partir das experiências artísticas desenvolvidas pelo núcleo desde 2002 e que, nos últimos anos, desdobrou-se no aprofundamento da pesquisa corpo-cidade, na investigação da transformação de estados corporais, e de outras possibilidades de mediação obra-público, com destaque para a experiência dos Programas Performativos Pandêmicos (PPPs) [2], realizados durante o isolamento social da COVID-19. Neste artigo, compartilho como e por que o grupo decidiu pela realização dos PPPs, inspirados pela artista e pesquisadora Eleonora Fabião, como registro e continuidade dos processos de criação em dança da companhia durante a pandemia.

 Em 2020, com a interrupção das ações presenciais, o núcleo teve de encontrar outras formas de continuar a pesquisa em andamento, dividindo suas ações entre grupo de estudos, vivências práticas pela tela e realização de programas performativos[3], com objetivo de reforçar os ELOs[4] à distância. Se, por um lado, o isolamento social impediu que os artistas continuassem a pesquisa de corpo a corpo, abriu possibilidades de investigação de outras relações com o espaço: o espaço-casa e o espaço-tela. E a pesquisa de corpo em 360º encontrou outros desafios nas telas bidimensionais.

Durante o período de isolamento social, foram muitas as incertezas para nós artistas da cena. Como cultivar a presença mediada pela tela? Ainda era possível realizar as “artes vivas” em meio a tantas mortes? Como manter os ELOs e a pesquisa em dança durante o período de isolamento? Como os Programas Performativos Pandêmicos se tornaram experiência de registro e continuidade dos processos de criação do T.F. Cia de Dança durante a pandemia?

Palavras-Chave: Programas Performativos. Protocolos de criação. Pesquisa em dança. Pandemia.

[1] Mais informações sobre o núcleo artístico em: www.tfstyle.com.br

[2] Visite: https://tfstyleciadedanca.blogspot.com/

[3] FABIÃO, Eleonora. Programa Performativo: O corpo-em-experiência. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista do Lume, n. 4, 2013.  

[4] ELO é a mais recente obra do núcleo artístico, estreada em novembro de 2019. Trata-se de uma proposição poética para espaços alternativos que recebeu o Prêmio APCA de Melhor estreia de dança em 2019.

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Publicado

2022-11-25

Cómo citar

Gasparini, I. (2022). Programas Performativos Pandêmicos como registro e continuidade dos processos de criação em dança durante a pandemia. Revista De Ciências Humanas, 2(22). Recuperado a partir de https://beta.periodicos.ufv.br/RCH/article/view/14339