Parâmetros bióticos e abióticos de um ambiente de mata ciliar em estágio inicial de recuperação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47328/rpv.v9i02.10816

Palavras-chave:

Área de Preservação Permanente; Conservação; Sucessão ecológica

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar como espécies arbóreas utilizadas na recuperação de mata ciliar contribuem para a mudança do ambiente no período pós plantio. O trabalho foi realizado na área da microbacia hidrográfica do Córrego Tejuco, localizada no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais, Campus Rio Pomba. Foram avaliadas nove espécies arbóreas em três áreas de estudo. As variáveis estudas foram luz sob copa, luz fora da copa, temperatura, umidade relativa do ar, diâmetro de copa, altura das plantas e massa da serapilheira. As análises de atenuação da luz mostraram que a copa das árvores exerce importante papel na redução da temperatura sob a copa e no aumento da umidade relativa do ar sob a copa. Foi possível verificar que Aroeira Salsa, Cutia e Pata de Vaca são as espécies que mais contribuem na atenuação da luz. Quanto à altura das plantas a análise de variância mostrou um padrão de crescimento semelhante entre as espécies. O mesmo não ocorreu para as medidas de diâmetro. Os resultados apontaram Aroeira Salsa como a espécie que mais contribui com a serapilheira. Todas as espécies de alguma forma contribuem para a mudança do ambiente. Os resultados, demonstram que Aroeira Salsa, pode ser considerada uma espécie chave para mudança das variáveis ambientais das áreas de estudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luize Zonta

Mestre em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, na linha de pesquisa Fruticultura, sob orientação do Professor Almy Junior Cordeiro de Carvalho. Bacharel em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - campus Rio Pomba, Tecnólogo em Gestão Ambiental pela Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde-Univiçosa (2012)

Referências

ARENHARDT, Taise Cristina Plattau et al. Influência de diferentes técnicas de restauração ecossistêmica na composição de artrópodes de serapilheira na Mata Atlântica, Brasil. Revista Espacios, v. 38, n. 44, p. 26, 2017.

BORGES, J. D.; MATEUCCI, M. B. A.; OLIVEIRA, J. P. J.; TIVERRON, D. F.; GUIMARÃES, N. N. R. Recomposição da vegetação das matas ciliares do rio Meia Ponte e córrego Samambaia na área da Várzea da escola de Agronomia da UFG. Goiânia: UFG, 1995.

CLEWELL, A.; RIEGER, J.; MUNRO. J. Guidelines for developing and managing ecological restoration projects. Society for Ecological Restoration International. Tucson, AZ, USA, 2005.

CENTRO DE PREVISÃO DE TEMPO E ESTUDOS CLIMÁTICOS, CPTEC. Disponível em: http://www.cptec.inpe.br/cidades/tempo/4412. Acesso em: 27 de outubro de 2016.

ENGEL, V. L.; PARROTTA, A. J. Definindo a restauração ecológica: tendências e perspectivas mundiais. In: KAGEYAMA, P. Y. et al. Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu: FEPAF, cap 1, p. 1-26, 2003.

FAHRIG, L. Effects of habitat fragmentation on biodiversity. Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics, v. 34, n. 1, p. 487-515, 2003.

FAHRIG, L. Ecological responses to habitat fragmentation per se. Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics, v. 48, p. 1-23, 2017.

GOTELLI, N. J., ELLISON, A. M. Princípios de estatística em ecologia. Artmed, Porto Alegre, Brasil, 2011.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Estabelecimentos por grupos de área total, segundo municípios - Minas Gerais. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ economia/agropecuária. Acesso em: 26 de outubro de 2016.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol.1. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

MARTINS, S. V.; RODRIGUES, B. D., LEITE, H. G. A contribuição da ecologia florestal no desenvolvimento de modelos e técnicas de restauração florestal de áreas degradadas. Revista Ação Ambiental, v. 10, n. 36, p. 10-13, 2007.

MARTINS, S. V. Recuperação de áreas degradadas: ações em áreas de preservação permanente, voçorocas, taludes rodoviários e de mineração. Viçosa: Aprenda Fácil, 2009.

MEDRI, P. S; FERRACIN, T. P., SILVA, V. T.; TOREZAN, J. M. D.; PIMENTA, J. A.; BIANCHIN, E. Comparação de parâmetros bióticos e abióticos entre fragmento de floresta secundária e reflorestamento de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 30, n. 2, p. 185-194, 2009.

RAMBALDI, D. M.; OLIVEIRA, D. A. S. Fragmentação de ecossistemas: causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2005.

RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. L. Matas Ciliares conservação e recuperação. 1. Ed. São Paulo: EDUSP, 2000.

PIMENTA, J. A.; ROSSI, L. B.; TOREZAN, J. M. D.; CAVALHEIRO, A. L.; BIANCHINI, E. Produção de serapilheira e ciclagem de nutrientes de um reflorestamento e de uma floresta estacional semidecidual no sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 25, n. 1, p. 53-57, 2011.

SEIJI SUGANUMA, M.; TOREZAN, J. M. D.; CAVALHEIRO, A. L.; VANZELA, A. L. L.; BENATO, T. Comparando metodologias para avaliar a cobertura do dossel e a luminosidade no sub-bosque de um reflorestamento e uma floresta madura. Revista Árvore, v. 32, n. 2, 2008.

Downloads

Publicado

01-10-2020

Como Citar

FERREIRA, F.; VIRGÍNIA ZONTA, L.; VAZ PEREIRA, F.; VINÍCIUS BATALHA DE OLIVEIRA, M. Parâmetros bióticos e abióticos de um ambiente de mata ciliar em estágio inicial de recuperação. Revista Ponto de Vista, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 54–66, 2020. DOI: 10.47328/rpv.v9i02.10816. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/RPV/article/view/10816. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos