Diagnóstico da recuperação ambiental no IF Sudeste MG - campus Rio Pomba
DOI:
https://doi.org/10.47328/rpv.v9i02.10817Palavras-chave:
Mata Atlântica, Conservação e FloraResumo
Muitos ecossistemas têm sido transformados ou degradados pela ação humana. A recuperação desses ecossistemas é parte essencial da estratégia de conservação da biodiversidade e das funções ecológicas a ela associadas e deve ser considerada um componente integral do manejo das paisagens. O objetivo do trabalho foi realizar um diagnóstico das iniciativas de recuperação ambiental de áreas degradadas no IF Sudeste MG – campus Rio Pomba no período de 2010 a 2017 no que se refere aos critérios de escolha de espécies utilizadas, manejo adotado e monitoramento, afim de fomentar futuras ações. Respeitadas as particularidades de cada área e os objetivos de cada iniciativa de recuperação, pode-se dizer que as iniciativas atenderam parcialmente aos requisitos referentes à escolha das espécies; nativas, pioneiras e não pioneiras e frutíferas. Entretanto nota-se que a escolha das espécies pode ser realizada de forma mais criteriosa, priorizando espécies da flora local e que o manejo e monitoramento das áreas deve compor um programa institucional que integre o ensino, a pesquisa e a extensão. É importante o amadurecimento não apenas da base ecológica, mas também da interface entre a recuperação em si, os benefícios sociais e as políticas públicas relacionadas.
Downloads
Referências
ALMEIDA, D. S. Recuperação ambiental da Mata Atlântica. SciELO-Editus-Editora da UESC, 2016.
ALMEIDA, R. O. P. O.; SÁNCHEZ, L. E. Revegetação de áreas de mineração: critérios de monitoramento e avaliação do desempenho. Revista Árvore, v. 29, n. 1, p. 47-54, 2005.
ALMEIDA, D. S.; SOUZA, A. L. Florística e estrutura de um fragmento de Floresta Atlântica, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Revista Árvore, v. 21, n. 2, p. 221-230, 1997.
AMADOR, D. B. Restauração de ecossistemas com sistemas agroflorestais. Restauração de ecossistemas naturais. Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais–FEPAF. São Paulo. Botucatu, 2003.
ARONSON, J. et al. Are socioeconomic benefits of restoration adequately quantified? A meta?analysis of recent papers (2000–2008) in Restoration Ecology and 12 other scientific journals. Restoration Ecology, v. 18, n. 2, p. 143-154, 2010.
BARBOSA, L. M. et al. Estabelecimento de políticas públicas para recuperação de áreas degradadas no Estado de São Paulo: o papel das instituições de pesquisa e ensino. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. S1, p. 162-164, 2007.
BELL, S. S.; FONSECA, M. S.; MOTTEN, L. B. Linking restoration and landscape ecology. Restoration ecology, v. 5, n. 4, p. 318-323, 1997.
BRANCALION, P. H. S. et al. Instrumentos legais podem contribuir para a recuperação de florestas tropicais biodiversas. Revista Árvore, v. 34, n. 3, p. 455-470, 2010.
RAMBALDI, D. M.; OLIVEIRA, D. A. S. Fragmentação de ecossistemas: causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Secretaria de Biodiversidade e Florestas, 2005.
BRASIL, Novo Código Florestal. Lei n 12.651, de 25 de maio de 2012. Brasília, Diário Oficial da União http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651. htm, 2012.
CAMARGO, W.; RODRIGUES, W. Código florestal brasileiro e sustentabilidade: Uma interpretação a partir da análise do discurso. Revista Observatório, v. 4, n. 3, p. 972-995, 2018.
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos –CPTEC. São Paulo: CPTEC; 2016. Disponível em: www.cptec.inpe.br
CEIVAP - Comitê para integração da bacia do rio Paraiba do Sul. Disponível em: http://www.ceivap.org.br/organismo_2_2.php
DE SOUSA DANTAS, M. et al. Diagnóstico da vegetação remanescente de Mata Atlântica e ecossistemas associados em espaços urbanos. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 2, n. 1, p. 87-97, 2017.
DEAN, W. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. São Paulo: Companhia da Letras; 1996.
FOLEY, J. A. et al. Global Consequences of Land Use. Science, v. 309, n. 5734, p. 570-574, 2005.
FRANCO, A. A.; DIAS, L. E.; FARIA, S. M.; CAMPELLO, E. F. C.; SILVA, E. M. R. Uso de leguminosas florestais noduladas e micorrizadas como agentes de recuperação e manutenção da vida do solo: um modelo tecnológico. Oecologia Australis, v.1, n 1, p. 459-467, 2017.
GIOVANINI, R. R.; MATOS, R. E. S. Geohistória econômica da Zona da Mata mineira. UFMG: Cedeplar, 2004.
GOLDEWIJK, K. K.; RAMANKUTTY, N. Land use changes during the past 300 years. Land Use, Land Cover and Soil Sciences-Volume I: Land Cover, Land Use and the Global Change, 2009, 147.
FERREIRA JÚNIOR, W. G et al. Composição florística da vegetação arbórea de um trecho de floresta estacional semidecídua em Viçosa, Minas Gerais, e espécies de maior ocorrência na região. Revista Arvore, v. 31, n. 6, p. 1121-1130, 2007.
GRAIPEL, M. E. et al. Características associadas ao risco de extinção nos mamíferos terrestres da Mata Atlântica. Oecologia Australis, v. 20, n. 1, 2016.
HOBBS, Richard J.; HARRIS, James A. Restoration ecology: repairing the earth's ecosystems in the new millennium. Restoration ecology, v. 9, n. 2, p. 239-246, 2001.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: www.ibge.gov.br
MARINHO PEREIRA, I.; et al. "Caracterização ecológica de espécies arbóreas ocorrentes em ambientes de mata ciliar, como subsídio à recomposição de áreas alteradas nas cabeceiras do Rio Grande, Minas Gerais, Brasil." Ciência Florestal, v. 20, n.2, 2010.
MCGILL, B. J. et al. Species abundance distributions: moving beyond single prediction theories to integration within an ecological framework. Ecology Letters, v.10, p. 995-1015, 2007.
NAIR, P. K. R. An introduction to agroforestry. Dordrecht: Kluwer Academic 1993; 513.
MOREIRA, B.; CARVALHO, F. A. Comunidade arbórea de um fragmento urbano de Floresta Atlântica após 40 anos de sucessão secundária em Juiz de Fora, Minas Gerais. Revista Biotemas, v. 26, n. 2, 2013.
NASCIMENTO, H. E. M.; DIAS, A. S.; TABANEZ, A. A. J.; VIANA, V. M. Estrutura e dinâmica de populações arbóreas de um fragmento de floresta estacional semidecidual na região de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Botânica, v. 59, n. 2, p. 329-342, 1999.
PEREIRA, M. P. S.; FRANCELINO, M. R.; QUEIROZ, J. M.. Forest Cover in Landscapes of the Middle Valley of Paraiba River. Floresta e Ambiente, v. 24, 2017.
PILON, L.; NATASHI, A.; DURIGAN, G. Critérios para indicação de espécies prioritárias para a recuperação da vegetação de cerrado. Scientia Forestalis, p. 389-399, 2013.
PIOVESAN, J. C.; HATAYA, R.; PINTO-LEITE, C. M.; RIQUEIRA, D. M. G.; MARIANO-NETO, E. Processos ecológicos e a escala da paisagem como diretrizes para projetos de recuperação ecológica. Revista CAITITU-aproximando pesquisa ecológica e aplicação, v. 1, n. 1, p. 57-72, 2013.
REZENDE, C. L. et al. Land use policy as a driver for climate change adaptation: A case in the domain of the Brazilian Atlantic forest. Land Use Policy, v. 72, p. 563-569, 2018.
RIBEIRO, M. C.; METZGER, J. P.; MARTENSEN, A. C.; PONZONI, F. J.; HIROTA, M. M. The Brazilian Atlantic Forest: how much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, v. 142, p. 1141–1153, 2009.
RODRIGUES, R. R.; FREITAS, L. F. H. Matas ciliares: conservação e recuperação. Edusp, 2000.
SANTOS, J. F. C. et al. Fragmentação florestal na Mata Atlântica: o caso do município de Paraíba do Sul, RJ, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 15, n. 3, 2017.
RUHOFF, A. L.; et al. Cenários de uso do solo. In: MARANGON LIMA, J.W. et al. (Org.). Efeitos das mudanças climáticas na geração de energia elétrica. São Paulo: AES Sul, 2014. Cap. 4, p. 6085-6098, 2009.
SOUZA, H. N.; GOEDE, R. G. M, BRUSSAARD, L.; CARDOSO, I. M.; DUARTE, E. M. G.; FERNANDES, R. B. A. et al. Protective shade, tree diversity and soil properties in coffee agroforestry systems in the Atlantic Rainforest biome. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 146, p. 179 – 196, 2012.
SOUZA, H. N.; GRAAFF, J.; PULLEMAN, M. M. Strategies and economics of farming systems with coffee in the Atlantic Rainforest Biome.Agroforestry Systems, v. 84, n. 2, p. 227-242, 2012.
SOUZA, P. B.; NETO, J. A. A. M.; SOUZA, A. L. Diversidade floristica e estrutura fitossociológica de um gradiente topográfico em floresta estacional semidecidual submontana, MG. Cerne, Lavras, v. 19, n. 3, p. 489-499, 2013
SCHERR, S. J.; MCNEELY, J. A. Biodiversity conservation and agricultural sustainability: towards a new paradigm of ‘ecoagriculture’landscapes. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 363, n. 1491, p. 477-494, 2008.
SILVA, B. G. et al. Pathways affect vegetation structure and composition in the Atlantic Forest in southeastern Brazil. Acta Botanica Brasilica , v. 31, n. 1, p. 108-119, 2017.
SOUZA, V. C.; Lorenzi, H. Botânica sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa, SP, Editora: Instituto Plantarum, 2005.
TOLLEFSON, J. Food: the global farm. Nature, v. 466, p. 554-556, 2010.
VALVERDE, S. R.; MÁXIMO, P. S.; LORENZON, A. S.; MIRANDA, C. D. O.; SOUZA, G. B. M. D.; OLIVEIRA, G. D. C. Novo Código Florestal, 2012.
VIEIRA Jr., J. O. L.; ALVES, L. F.; SILVA, F. L. A.; LADEIRA-FILHO, C. R. C.; CRISPI, G. M.; FERREIRA, F. M. C. Diversidade Florística dos Fragmentos de Mata Atlântica do IF Sudeste MG, campus Rio Pomba. Cadernos de Agroecologia, v.8, n.2, 2013.
VERHEYE, W. H. Land use, land cover and soil sciences. EOLSS Publ., 2009
WHITMORE, T. C. Gaps in the forest canopy. In: TOM-LINSON, P. B.; ZIMMERMAN, M.H. (Eds.). Tropical trees as living systems. London: Cambridge University Press, 1978; 639-655.
ZILLER, S. R. Os processos de degradação ambiental originados por plantas exóticas invasoras.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
POLITICA DE ACESSO LIVRE
A revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o principio de disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público e proporcionar a democratização do conhecimento.
A Revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.