Formação do professor de química no Brasil

a lógica curricular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i0.7155

Palavras-chave:

Currículo, Formação do professor, Licenciatura em química

Resumo

O trabalho tem como objetivo refletir sobre a lógica curricular dos projetos pedagógicos de alguns cursos de licenciaturas em química de instituições federais de ensino do Brasil. Metodologicamente trabalha numa perspectiva da hermenêutica crítica. Foi feita a análise de quatro projetos pedagógicos de cursos de licenciatura em química com fundamentos na crítica de Kliebard ao pensamento de Tyler. Do estudo em questão fica a compreensão de que os futuros professores pouco participaram dos processos decisórios quanto à elaboração do currículo; professores que poderão ter dificuldades na construção de suas identidades profissionais, uma vez que não fica muito claro em todos os projetos os perfis dos bacharéis e dos licenciados; possivelmente estes professores terão dificuldades em articular o conhecimento químico com o fazer pedagógico, já que prevalece um número maior de disciplinas dos conhecimentos químicos em detrimento de disciplinas que tratam do ensino da química.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ireuda da Costa Mourão, Universidade de Brasília

Professora Doutora do Departamento de Métodos e Técncias da Faculdade de Educação, da Universidade de Brasília. Coordenadora do curso de Pedagogia e professora de Didática. 

 

Evandro Ghedin, Universidade Federal do Amazonas

Professor Pesquisador da Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Professor Permanente do PPGECEM da Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática e Professor Titular-Livre da Universidade Federal do Amazonas. 

Referências

APPLE, Michael W. Podem as pedagogias críticas sustar as políticas de direita? Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 116, p. 107-142, jul. 2002.

BRASIL. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Senado Federal. Brasília: DF, 1996.

BRASIL. Parecer CNE/CES nº 1.303/2001. Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de química. Conselho Nacional de Educação/Câmara da Educação. Brasília: DF, 2001.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 01, de 18 de fevereiro de 2002. Institui diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Conselho Nacional de Educação. Brasília: DF, 2002.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 02, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Conselho Nacional de Educação. Brasília: DF, 2002.

BRASIL. Resolução CNE/CES nº 08, de 11 de março de 2002. Estabelece as diretrizes curriculares para os cursos de bacharelado e licenciatura em química. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior. Brasília: DF, 2002.

CANDAU, Vera Maria (org.). A didática em questão. 36. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2006.

GONÇALVES, Fábio Peres; MARQUES, Carlos Alberto; DELIZOICOV, Demétrio. O desenvolvimento profissional dos formadores de professores de Química: contribuições epistemológicas. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. Belo Horizonte, v. 7, n. 3, set./dez. 2007.

GOODSON, Ivor Frederick. Currículo: teoria e história. Tradução de Attílio Brunetta. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

GOODSON, Ivor Frederick. As políticas de currículo e de escolarização. Abordagens históricas. Tradução de Vera Joscelyn. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

GOODSON, Ivor Frederick. Currículo, narrativa e o futuro social. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v. 12, n. 35, p. 241-252, maio/ago. 2007.

KLIEBARD, Herbert M. Burocracia e Teoria de Currículo. Currículo sem Fronteiras. v. 11, n. 2, p. 5-22, jul./dez. 2011a.

KLIEBARD, Herbert M. Os Princípios de Tyler. Currículo sem Fronteiras. v. 11, n. 2, p. 23-35, jul./dez. 2011b.

LEITE, Carlinda; FERNANDES, Preciosa. Desafios aos professores na construção de mudanças educacionais e curriculares: que possibilidades e que constrangimentos? Educação. Porto Alegre, v. 33, n. 3, p. 198-204, set./dez. 2010.

MALDANER, Otavio Aloisio. A formação inicial e continuada de professores de química: professores/pesquisadores. 3 ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2006.

MORIN, Edgar. O método 3: O conhecimento do conhecimento. Tradução de Juremir Machado da Silva. 4. ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 2008.

PINAR, William F. A política de raça e gênero da reforma curricular contemporânea nos Estados Unidos. Currículo sem Fronteiras. v. 6, n. 2, p. 126-139, jul./dez. 2006.

ROSA, Maria Inês Petrucci. Investigação e ensino: articulações e possibilidades na formação de professores de ciências. Ijuí: Editora Unijuí, 2004.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, p. 143-155, jan./ab. 2009.

SILVA, Camila Silveira da Silva; OLIVEIRA, Luiz Antonio Andrade de. Formação inicial de professores de química: formação específica e pedagógica. In: NARDI, Roberto (org). Ensino de ciências e matemática, I: temas sobre a formação de professores [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. p. 43-57.

TERIGI, Flávia. Notas para uma genealogia do curriculum escolar. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 159-186, jan./jun. 1996.

UFAM. Universidade Federal do Amazonas. Reestruturação do Curso de Licenciatura em Química. Projeto Pedagógico. Manaus: UFAM, 2011.

UFMS. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Resolução nº 36, de 6 de dezembro de 2013. Aprova o Projeto Pedagógico do Curso de Química – Licenciatura. Campo Grande: UFMS, 2013.

UFPB. Resolução nº 11/2006, de 18 de abril de 2006. Aprova o novo Projeto Político-Pedagógico dos Cursos de Graduação em Química, Bacharelado e Licenciatura, do Centro de Ciências Exatas e da Natureza, Campus I, desta Universidade, e revoga as Resoluções nº 40/90, 26/94 e 04/98, do CONSEPE. Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, da Universidade Federal da Paraíba. Paraíba: UFPB, 2006.

UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina. Projeto pedagógico do Curso de Licenciatura em Química. Florianópolis: UFSC, 2008.

Publicado

2019-12-20

Como Citar

MOURÃO, I. da C.; GHEDIN, E. Formação do professor de química no Brasil: a lógica curricular. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 10, p. e019024, 2019. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i0.7155. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7155. Acesso em: 7 nov. 2024.