Futuro do trabalho e da educação
das impressões biográficas às questões teóricas
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduperppgeufv.v11i00.8561Palavras-chave:
Impressões biográficas, Futuro do trabalho, Polarização das qualificações, EducaçãoResumo
O contato direto e precoce com o trabalho me antecipou inquietudes sobre requisitos de acesso ao emprego. Das dúvidas sobre a validade da Teoria do Capital Humano, que confirmaria os efeitos do conhecimento escolar para o acesso ao trabalho formal, transitei das experiências dramáticas do desemprego para questões mais complexas, advindas da teoria. Com Antunes e Braga (2009), e em contraposição a Castells (2007), mas, sobretudo, alinhado à Marx (2008) e Mészáros (2008), consideramos haver uma tendência de aprofundamento não linear, mas real, da polarização das qualificações; na absorção progressiva, mas finita, do trabalho vivo pelo trabalho morto; na ampliação residual do trabalho complexo e imaterial; na precarização e flexibilização do trabalho. A partir da teoria resisto às apologias da sociedade do conhecimento de pleno emprego (muito lazer e alta produtividade), de sorte que, pela pesquisa antevejo a combinação do movimento singular, “para frente”, das forças produtivas, e universal, “para trás”, das relações sociais de produção.
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