Políticas educacionais e a geração “Nem Nem”

uma análise a partir da Nova Gestão Pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduperppgeufv.v11i..8521

Palavras-chave:

Políticas educacionais para a juventude, Geração "Nem Nem", Nova Gestão Pública

Resumo

O texto tem como objetivo discutir a relação entre políticas educacionais e o protagonismo juvenil no âmbito da geração denominada de “Nem Nem” no contexto da Nova Gestão Pública, a fim de identificar a influência da corrente neoliberal do novo gerencialismo nas proposições para a atuação do jovem no mercado de trabalho. Trata-se de um estudo exploratório, no qual os resultados apontaram que os jovens representam um dos segmentos mais afetados pelas transformações sociais e, principalmente, econômicas pós o ano de 2000. O empoderamento do jovem e o enfoque na educação têm configurado uma das principais preocupações do bloco no poder, atribuindo-lhes um valor superestimado na amenização das desigualdades sociais, regulação da pobreza, diminuição do analfabetismo e promoção do desenvolvimento econômico e social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaís Godoi Souza, Universidade Estadual de Maringá

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professora do curso de Educação UEM/CRV. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação (GEPEFI/CNPq).

Maria Eunice França Volsi, Universidade Estadual de Maringá

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá. Professora Adjunta Tide, da Universidade Estadual de Maringá no Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP). Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Política Educacional, Gestão e Financiamento da Educação (GEPEFI/CNPq).  

Jani Alves da Silva Moreira, Universidade Estadual de Maringá

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professora do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP/UEM) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação (GEPEFI/CNPq). 

Referências

ALVES, Natália. Juventudes e inserção profissional. Lisboa: Educa, 2008.

ANDERSON, Gary. Privatizando subjetividades: como a Nova Gestão Pública (NGP) está criando o “novo” profissional da educação. RBPAE, Brasília, v. 33, n. 3, p. 593-626, set./dez. 2017. https://doi.org/10.21573/vol33n32017.79297

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

BALL, Stephen; YOUDELL, Deborah. La privatización encubierta en la educación pública. Londres: Instituto de Educación, Universidad de Londres, 2008.

BAQUERO, Rute; HAMMES, Lúcio Jorge. Educação de jovens e construção de capital social: que saberes são necessários? In: BAQUERO, Marcello; CREMONESE, Dejalma. (org.). Capital social: teoria e prática. Ijuí: Unijuí, 2006. p. 141-158.

BRASIL. A importância do setor terciário para a economia. Brasília: Ministério da Economia, 2019.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2018c.

BRASIL. Decreto n° 9.306, de 15 de março de 2018. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Juventude, instituído pela Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mar. 2018a.

BRASIL. Emenda Constitucional n° 65, de 13 de julho de 2010. Altera a denominação do Capítulo VII do Título VIII da Constituição Federal e modifica o seu artigo 227, para cuidar dos interesses da juventude. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 jul. 2010b.

BRASIL. Guia de Políticas Públicas de Juventude. Brasília: Secretaria-Geral da Presidência da República, 2006.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Dados sobre a juventude. Brasília: Censo IBGE, 2010a.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Indicadores Conjunturais da Indústria segundo Grandes Categorias Econômicas (%), março 2019. Brasília: IBGE, 2019b.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. PNAD Contínua: Distribuição de pessoas desocupadas por idade, 1º trimestre de 2019. Brasília: IBGE, 2019c.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,7% e taxa de subutilização é de 25,0% no trimestre encerrado em março de 2019. Brasília: IBGE, 2019a.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. População residente, por situação do domicílio e frequência à escola ou creche, segundo o sexo e os grupos de idade. Brasília: IBGE, 2000.

BRASIL. Lei n° 11.129, de 30 de junho de 2005. Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude - CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 jul. 2005.

BRASIL. Lei nº 12.852, de 05 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 ago. 2013.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 2017.

BRASIL. Projeto de Lei nº 4.530/2004. Aprova o Plano Nacional de Juventude e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, 2004.

BRASIL. Resolução n° 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 nov. 2018b.

BRASIL. Senado Federal. Aprovado projeto que cria frente parlamentar em defesa da juventude. Brasília: Senado Federal, 24 abr. 2019d.

BRESSER PEREIRA, Luis Carlos. A reforma dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Brasília: MARE, 1997.

CARVALHO, Flávia Xavier de. Análise da configuração de políticas públicas para a juventude a partir de 1990: evidenciando concepções e estratégias neoliberais. 2009. 155 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2009.

COSTA, Joana; ROCHA, Enid; SILVA, Claudia. Voces de la juventud en Brasil: aspiraciones y prioridades. In: NOVELLA, Rafael et al. Millennials en América Latina y el Caribe: ¿trabajar o estudiar? Canadá: BID, 2018. p. 75-120.

DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo: a nova arquitetura do poder, sob dominação financeira, sequestro da democracia e destruição do planeta. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.

LIMA, Licínio Carlos. Aprender para ganhar, conhecer para competir: sobre a subordinação da educação na “sociedade da aprendizagem”. São Paulo: Cortez, 2012.

NAZZARI, Rosana Katia; KNIPHOFF, Dione Terezinha; BAQUERO, Rute. Visibilidade e empoderamento dos jovens na política pública brasileira. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA E POLÍTICA: TENDÊNCIAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS, 2., 2010, Curitiba. Anais... Curitiba: UFPR, 2010.

NOVELLA, Rafael et al. Millennials en América Latina y el Caribe: ¿trabajar o estudiar? Canadá: BID, 2018.

SENNETT, Richard. A cultura do novo capitalismo. Tradução de Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2006.

SOARES, Laura Tavares. O desastre social. Rio de Janeiro: Record, 2003.

SOUZA, Thaís Godoi de. A política do Programa Abrindo-Espaços (PAE): Educação e cultura para a paz (2000-2010). Educação para emancipação ou conformação? 2013. 188 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2013.

UNESCO. Marco estratégico para a UNESCO no Brasil. Brasília, DF: UNESCO, 2006.

VICENTE, Vinicius Renan Rigolin de. Políticas educacionais para o ensino médio: as implicações da Lei nº 13.415/2017. 2019. 243 f. Dissertação (Mestrado em Educação) –Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2019.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência IV: os jovens do Brasil. Juventude, violência e Cidadania. Brasília, DF: UNESCO, 2004.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2016: homicídios por arma de fogo no Brasil. Brasília, DF: FLACSO, 2016.

WERTHEIN, Jorge. Crenças e esperanças: avanços e desafios da UNESCO no Brasil. Brasília, DF: UNESCO; Viva Rio, 2003.

Publicado

2020-10-20

Como Citar

SOUZA, T. G.; VOLSI, M. E. F.; MOREIRA, J. A. da S. Políticas educacionais e a geração “Nem Nem”: uma análise a partir da Nova Gestão Pública. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 11, n. 00, p. e020027, 2020. DOI: 10.22294/eduperppgeufv.v11i.8521. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/8521. Acesso em: 4 dez. 2024.