Cenas de racismo na escola: discursos dos/as jovens do Sertão do Pajeú
DOI:
https://doi.org/10.21284/elo.v12i.14988Palavras-chave:
Escola, Racismo, Jovens, PreconceitoResumo
Este estudo buscou realizar reflexões sobre episódios de racismo que acontecem nos contextos escolares, sejam estes realizados por discentes e/ou docentes. Foi realizado em uma escola pública de Serra Talhada - PE, desenvolvido em duas etapas: A primeira, voltada a investigação do perfil dos/as jovens participantes e as práticas de racismo sofridas e/ou presenciadas no contexto escolar. Na 2ª etapa, realizamos 4 rodas de conversa, de modo online. As rodas foram analisadas uma a uma através da análise temática, considerando os marcadores sociais que se interseccionam com raça, gênero e classe. As práticas racistas são reproduzidas por discentes e docentes e se fazem presente na linguagem, na forma de se referir aos estudantes, e através do que alguns compreendiam como “brincadeira”, “piadas”. Uma questão que se destacou e apareceu em todas as rodas de conversa foi o preconceito em relação ao cabelo, e, sobretudo as jovens, sendo alvo de xingamentos e apelidos.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Ueberson Ribeiro et al. A devolutiva como exercício ético-político do pesquisar. Fractal: Revista de Psicologia, v. 30, n. 2, p. 204-213, maio-ago. 2018. Disponível em: https://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5527/7054. Acesso em: 18 Dez. 2020.
ALMEIDA, Silvio de. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
ADICHE, ChimamandaNgozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade. Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.
BRASIL. Lei n° 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 de jan. de 2003.
BERTH, Joice. Empoderamento. São Paulo: Polén, 2019.
CARVALHO, José Jorge de. Racismo fenotípico e estéticas da segunda pele. Revista Cinética, 2008. Disponível em: http://www.revistacinetica.com.br/cep/jose_jorge.pdf. Acesso em: 21 Abr. 2021.
DEVULSKY, Alessandra. Colorismo. São Paulo: Jandaíra, 2021.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.
FILIZOLA, Gustavo Jaime; BOTELHO, Denise Maria. Lei 10.639/2003: caminhos para desconstrução do racismo epistêmico/religioso no ambiente escolar. Form. Doc, Belo Horizonte, v. 11, n. 22, p. 59-78, set./dez. 2019.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Cobogó: Rio de Janeiro, 2019.
MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Polén, 2019.
MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: 2a edição, Ministério da Educação, Secretaria da Educação e Diversidade, 2005.
NOGUEIRA, Conceição. Introdução à teoria da interseccionalidade nos Estudos de Género. 2013. IN.: NOGUEIRA, Conceição. Práticas sociais, políticas públicas e Direitos Humanos. Portugal, p. 67-78.
NOGUEIRA, Tereza Cristiny Morais. Corpo negro e cabelo crespo como elementos de resistência no espaço escolar. IN.: SILVA, Tatiana Raquel Reis.; BARBOSA, Viviane de Oliveira (Orgs.). África e Afro-Brasil em Debate. São Luís: EDUEMA, p. 57-80, 2019.
NOGUEIRA, Simone Gibran. Libertação, Descolonização e Africanização da Psicologia. Breve introdução à psicologia africana. São Carlos: EDUFSCAR, 2020.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Educação das Relações Étnico-Raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 69, p. 123-150, maio/jun. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista ELO – Diálogos em Extensão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- A Revista reserva-se o direito de efetuar alterações nos originais de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
- As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.