Gestão de Riscos em Instituições ATER no Brasil: percepção a partir das instituições públicas da região Sul
DOI:
https://doi.org/10.36363/rever.v10i01.9025Resumo
O trabalho analisa os riscos em instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER) no Brasil e sua percepção a partir das instituições públicas. Para tanto, foram identificados os riscos inerentes às instituições de assistência técnica e extensão rural a partir de problemas ocorridos em países da América Latina, com base na teoria de gestão de riscos. Foi analisada a percepção desses principais riscos nas instituições públicas estaduais localizadas no Sul do Brasil, por meio da aplicação de questionário de pesquisa aos representantes de suas unidades regionais. As conclusões mostraram que as ATERs públicas pesquisadas reconhecem os possíveis riscos associados à extensão rural e à instituição, entretanto, destacaram-se os riscos referentes ao orçamento e disponibilidade de recursos, ausência de políticas públicas e programas de apoio à ATER e à agricultura familiar. Entre as principais ações para mitigação dos riscos ou potencialização de oportunidades foram citados os programas federais e estaduais, as chamadas públicas de ATER e as parcerias com outras instituições. Apesar de reconhecerem o risco associado à instituição, 61% dos extensionistas acreditam que a instituição está preparada para gerir os possíveis riscos descritos nesta pesquisa.Downloads
Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 31000:2009 – Gestão de riscos: princípios e diretrizes. 2009.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISSO/IEC 31010:2012 – Gestão de Riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos. 2012.
ALVES, Amanda Cristina Diniz. As práticas extensionistas da EMATER frente à Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural: um estudo na microrregião de Pará de Minas/MG. Revista de Extensão e Estudos Rurais, v. 6, n. 2, p. 26-44, 2017.
ASBRAER - Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural. Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil: um debate nacional sobre as realidades e novos rumos para o desenvolvimento do país. Brasília: ASBRAER, 2014.
BRASIL, Lei 12.188, de 11 de janeiro de 2010. Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural e Reforma Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma agrária – PRONATER, altera a lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: junho de 2017.
COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada, 2 ed., 2007.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. In: Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Artmed, 2010.
DIESEL, V. et al. Privatização dos serviços de extensão rural: uma discussão (des) necessária? Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 46, n. 4, p. 1155-1188, 2008.
EMATER/PR. Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural. Disponível em: . Acesso em: junho de 2017.
EMATER/RS. Disponível em: <http://www.emater.tche.br>. Acesso em: junho de 2017.
EPAGRI. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Disponível em: < http://www.epagri.sc.gov.br>. Acesso em: junho de 2017.
FAO. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Disponível em: < http://www.fao.org/americas/perspectivas/seguridad-alimentaria/pt/>. Acesso em: junho de 2017.
FAO. Estratégias, reformas e inversiones em los sistemas de extensión rural i asistencia técnica em América del Sur. Lima, 2016.
FERMA. Federation of European Risk Management Associations. Norma de Gestão de Risco. 2002. Disponívek em: < www.ferma.eu/app/uploads/.../a-risk-management-standard-portuguese-version.pdf>. Acesso em junho de 2017.
GRISA, C. e SCHNEIDER, S. Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015.
GUILHOTO, J. J.M. et al. A importância da agricultura familiar no Brasil e em seus estados. 35º Anais do Encontro Nacional de Economia; 2007 dez 4-7; Recife: ANPEC, 2007.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2006: Agricultura Familiar – Segunda apuração, Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. Disponível em: < http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/50/agro_2006_agricultura_familiar.pdf>.
LANDINI, F. Problems in Paraguayan Rural Areas: Extension Models at a Crossroads. Cuadernos de Desarrolo Rural, v.9, n.69, p.127-149, 2012.
LANDINI, F. Concepción de “extensión rural” de los extensionistas rurales argentinos que trabajan en el sistema público nacional con pequeños productores. Cuadernos de Desarrollo Rural, v. 12, n. 75, 2015.
LANDINI, F. P. Enfoques y Prácticas de Extensión Rural Públicas en el Noreste Argentino. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 54, n. 1, p. 167-186, 2016a.
LANDINI, F. Problemas de la extension rural em América Latina. Perfiles latino-americanos, v. 24, n.47, p. 47-68, 2016b.
LANDINI, F. e BIANQUI, V. Socio-demographic profile of different samples of Latin American rural extensionists. Ciência Rural, v. 44, n. 3, p. 575-581, 2014.
LANDINI, F. P., BIANQUI, V. e RUSSO, M. Evaluación de un proceso de capacitación para extensionistas rurales implementado en Paraguay. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 51, p. s009-s030, 2013.
LANDINI, F., BRITES, W. e Y REBOLÉ, M. I. M. Towards a new paradigm for rural extensionists in-service training. Journal of Rural Studies, v. 51, p. 158-167, 2017.
MAROCO, J. Análise estatística com utilização do SPSS. 2a edição. Edições Silabo, Lisboa, 2003.
MARTÍN, F. Ingenieros agrónomos, desarrollo rural y cultura política: reflexiones críticas en torno a la práctica de la (ex) tensión rural. Revista de la Facultad de Ciencias Agrarias, v. 42, n. 2, 2010.
MDA. Ministério do Desenvolvimento Agrário. SEAD-Secretaria Especial de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Sistema informatizado de ATER. Disponível em: <http://siater.mda.gov.br/>. Acesso em junho de 2017.
DE MEDEIROS, J. P. e BORGES, D.F. Participação cidadã no planejamento das ações da Emater-RN. Revista de Administração Pública, v. 41, n. 1, p. 63-82, 2007.
RAMBO, J. R. et al. Políticas públicas de extensão rural no Brasil contemporâneo: avanços e desafios à construção do desenvolvimento rural sustentável nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. In: 53º CONGRESSO DA SOBER – Sociedade Brasileira de Economia, administração e Sociologia Rural, João Pessoa: SOBER, 2015.
RIBEIRO, R. R. M. et al. A EMATER Como Órgão de Apoio da Agricultura Familiar: O Caso dos Produtores Rurais da Sericicultura. In: ADM 2016- Congresso Internacional de Administração, Natal, 2016.
RODRÍGUEZ, H. et al. Network analysis of knowledge building on rural extension in Colombia. Agronomía Colombiana, v. 34, n. 3, p. 393-402, 2016.
RODRÍGUEZ-ESPINOSA, H., RAMÍREZ-GÓMEZ, C. J. e RESTREPO-BETANCUR, L. F. Nuevas tendencias de la extensión rural para el desarrollo de capacidades de autogestión. Corpoica Ciencia y Tecnología Agropecuaria, v. 17, n. 1, p. 31-42, 2016.
ROMANIELLO, M. M. e ASSIS, T. R. P. Extensão Rural e Sustentabilidade: guia de estudos. Lavras: UFL.
SCHOLZ, G. A. G. Planejamento nas organizações estaduais de assistência técnica e extensão rural-ATER: percepções do alinhamento estratégico frente às políticas setoriais. 2014. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.
SEPULCRI, O. e PAULA, N. M. O Estado e seus Impactos na Emater-Pr. Revista Paranaense de Desenvolvimento-RPD, n. 114, p. 87-110, 2008.
SOTOMAYOR, O., RODRÍGUEZ, A.G. e RODRIGUES, M.S. Competitividad, sostenibilidad e inclusión social en la agricultura: Nuevas direcciones en el diseño de políticas en América Latina y el Caibe. CEPAL, 2011.
SOUZA, J. S. Modelo para identificação e gerenciamento do grau de risco de empresas–MIGGRI. 2011. 193fls. 2011. Tese de Doutorado. Tese de Doutorado (Doutorado em Engenharia). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Escola de Engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista de Extensão e Estudos Rurais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
