Interseccionalidade, identidade racial e o dilema do “pardo”
reflexões sobre identidade racial e heteroclassificação no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.32361/2021130312449Palavras-chave:
Heteroclassificação, Interseccionalidade, Identidade, RaçaResumo
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a contribuição que a interseccionalidade – conceito que emerge com o movimento Black Feminism do final dos anos 1970, e que denuncia a incapacidade de análises unidimensionais das opressões de gênero ou raça contribuir para as lutas emancipatórias das mulheres negras estadunidenses – pode oferecer para compreendermos o fenômeno da identidade racial no contexto brasileiro. Considerando principalmente o problema de determinar a identidade racial do sujeito brasileiro que se declara pardo apenas pela avaliação das características físicas, pretende-se demonstrar que análises interseccionais podem contribuir significativamente para a melhor realização dos processos de heteroclassificação instaurados para avaliar identidade racial de candidatos que concorrem às vagas reservadas pelo critério da raça em concursos públicos.
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