COMPETIÇÃO EM CATEGORIAS DE BASE NO FUTSAL: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES

Autores/as

  • Jéssica Caroline da Costa Bachareu em Esportes - Escola de Educação Física e Esporte - Universidade de São Paulo
  • Ana Lúcia Padrão dos Santos

Palabras clave:

iniciação esportiva, desenvolvimento, crianças, regras

Resumen

O futsal é uma modalidade esportiva praticada em todo o mundo, com expressivo aumento de participantes na sua história recente. Logo, para uma evolução adequada e sustentável da modalidade, é necessário que sua estrutura geral de treinamentos e competições seja coerente com o desenvolvimento de seus praticantes, desde as categorias mais jovens até os adultos. O objetivo deste estudo foi identificar as características essenciais das competições de futsal para as categorias de base, bem como analisar a situação atual de acordo com o conhecimento científico. Foram avaliados os regulamentos utilizados nas federações dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, assim como o da Confederação Brasileira de Futsal. Entre os regulamentos analisados, foram identificadas poucas alterações das regras oficiais na organização de eventos competitivos voltados para as categorias infanto-juvenis. Essa situação parece estar em discordância com as teorias na área, as quais alertam que essa prática pode resultar na especialização precoce de seus praticantes. A elaboração de uma proposta esportiva efetivamente benéfica ao aprendiz deve considerar como possibilidades pedagógicas a adaptação das regras e a alteração dos modelos competitivos vigentes. De acordo com a literatura encontrada, conclui-se que a estrutura competitiva adequada deveria ser pautada nas necessidades e expectativas da criança para favorecer seu pleno desenvolvimento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALVES, C.; LIMA, R. V. B. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 26, n. 4, p. 383-391, dez. 2008.

ANTUNES, A.C. Formação esportiva: privilégio de alguns ou oportunidades para todos. Rev. Digital, n. 83, abril 2005. Disponível em: <www.efdeportes.com> Acesso em: 15 setembro 2012.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL. Livro Nacional de Regras 2013. Fortaleza, CBFS, 2013.

DANTAS, P.M.S.; FERNANDES FILHO, J. Identificação dos perfis genético, de aptidão física e somatotípico que caracterizam atletas masculinos de alto rendimento, participantes do futsal adulto no Brasil. Fitness & Performance Journal, v. 1, n. 1, p. 28-36, 2002.
FEDERAÇÃO de FUTEBOL DE SALÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Regras. Disponível em: < http://www.futsalrj.com.br/futsal/regra>. Acesso em: 10 setembro 2012.

FEDERAÇÃO CATARINENSE DE FUTEBOL DE SALÃO. Regulamento geral dos campeonatos estaduais 2012. Florianópolis, SC, 2012.

FEDERAÇÃO MINEIRA DE FUTSAL. Regulamento geral da temporada do ano 2012. Belo Horizonte, MG, 2012.

FEDERAÇÃO PARANAENSE DE FUTSAL. Regulamentos. Disponível em: < http://www.futsalparana.com.br/>. Acesso em: 9 setembro 2012.

FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTSAL. Campeonato Estadual A1 menores 2012. São Paulo, SP, 2012.

FEDERATION INTERNACIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION - FIFA. Disponível em: <http://pt.fifa.com/>. Acesso em: 24 agosto 2012.

GALATTI, L. R et al. Pedagogia do esporte: procedimentos pedagógicos aplicados aos jogos esportivos coletivos. Conexões, Campinas, v. 6, p. 397­408, jul. 2008.

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2005.

HAGEN, G. O. A. Uma proposta de adaptação de regras do futebol para crianças. 2002. 88 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) – Escola de Educação Física, UFRGS, Porto Alegre, 2002.

HALLAL, P. C. et al. Fatores intervenientes associados ao abandono do futsal em adolescentes. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 12, n. 3, p. 27­32, set. 2004.

KNIJNIK, J.D.; MASSA, M.; FERRETTI, M. A. C. Direitos humanos e especialização esportiva precoce: considerações metodológicas e filosóficas. In: MACHADO, A. A. (Org.) Especialização esportiva precoce: perspectivas atuais da psicologia do esporte. Jundiaí, SP: Fontoura, 2008. p. 109-128.
MARQUES, A.; OLIVEIRA, J. O treino e a competição dos mais jovens: rendimento versus saúde. In: BARBANTI et al. Esporte e atividade física: interação entre rendimento e saúde. Barueri: Manole, 2002.

MARQUES, A. Fazer da competição dos mais jovens um modelo de formação e de educação. In: GAYA, A. (Org.) Desporto para crianças e jovens: razões e finalidade. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004.
MARTÍ, Eduardo. Processos cognitivos básicos e desenvolvimento intelectual entre os seis anos e a adolescência. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação. Rio Grande do Sul: Artmed, 2004.

NEGRÃO, C. E. Os mini-campeões. Caderno de Pesquisa de São Paulo, n. 34, p. 29-33, 1980.
OLIVEIRA, V.; PAES, R. R. A pedagogia da iniciação esportiva: um estudo sobre o ensino dos jogos desportivos coletivos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 10, n. 71, 2004. Disponível em: <www.efdeportes.com/efd71/jogos.htm>. Acesso em: 12 agosto 2012.

RAMOS, A. M.; NEVES, R. L. R. A Iniciação esportiva e a especialização precoce à luz da teoria da complexidade – notas introdutórias. Revista Pensar a Prática, v. 11, n. 1, 2008.

RODRIGUES, D. A. G.; DE SOUSA, M. A.; MACEDO, M. M. A relação entre a especialização precoce e o abandono prematuro na natação em Uberlândia, MG. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, v. 14, n. 140, 2010. Disponível em< http://www.efdeportes.com/efd140/especializacao-precoce-e-o-abandono-prematuro-na-natacao.htm>. Acesso em: 10 julho 2012.

SAAD, M. A. Iniciação nos jogos esportivos coletivos. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, v. 11, n. 95, 2006. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd95/inici.htm/>. Acesso em: 15 agosto 2012.

SALLES, J. G. C.; MOURA, H. B. Futsal. In: DaCOSTA, L. P. (Org.). Atlas do esporte no Brasil (2006). Disponível em: <http://www.atlasesportebrasil.org.br/index.php>. Acesso em: 10 julho 2012.

SANTANA, W. C.; RIBEIRO, D. A. Idade de início de atletas de futsal de alto rendimento na prática sistemática e em competições federadas na modalidade. Pensar a Prática, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 1-17, 2010.
SANTOS, A. L. P. Manual de mini handebol. São Paulo: Phorte, 2014.

SCAGLIA, A. J.; MEDEIROS, M.; SADI, R. S. Competições pedagógicas e festivais esportivos: questões pertinentes ao treinamento esportivo. Revista Virtual EFArtigos, Natal/RN, v. 3, n. 23, abril 2006. Disponível em: <http://efartigos.atspace.org/esportes/artigo68.html>. Acesso em: 29 agosto 2012.

SILVA, B. O. Especialização esportiva precoce no futsal: análise da incidência de lesões osteomioarticulares. Revista Digital, Buenos Aires, v. 15, n. 144, maio 2010. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/>. Acesso em: 15 agosto 2012.
VOSER, R. C.; NETO, F. X. V.; VARGAS. L. A. M. A criança submetida precocemente no esporte: benefícios e malefícios. Futsal Brasil, Rio Grande do Sul, maio 2007. Disponível em: <http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php?cd_artigo=153>. Acesso em: 10 agosto 2012.

Publicado

2014-10-30

Cómo citar

Costa, J. C. da ., & Santos, A. L. P. dos . (2014). COMPETIÇÃO EM CATEGORIAS DE BASE NO FUTSAL: REFLEXÕES E POSSIBILIDADES. Revista Mineira De Educação Física, 22(3), 52–66. Recuperado a partir de https://beta.periodicos.ufv.br/revminef/article/view/10040