BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA AUMENTO DE FORÇA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA: REVISÃO SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE
Palabras clave:
treino resistido, manifestações de força, esclerose múltiplaResumen
Os pacientes com esclerose múltipla (EM) sofrem geralmente de fraqueza muscular, apresentando diminuição de força durante a contração muscular estática ou dinâmica, o que compromete o equilíbrio, a marcha e a coordenação. Evidências suportam a possibilidade de um potencial benefício do exercício físico em pacientes com EM, embora sejam necessários mais estudos com metodologias adequadas que permitam clarificar adequadamente o papel dessa intervenção. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi de realizar uma revisão sistemática, seguida de meta-análise, sobre os hipotéticos efeitos do exercício em diferentes manifestações de força em pacientes com EM. Metodologia: A qualidade metodológica dos dados foi aferida através da aplicação da escala de PEDro, e a meta-análise, realizada com recurso ao software informático Comprehensive Meta Analysis V2. Os grupos controle e exercício foram comparados no momento inicial e após 12 semanas, no que se refere aos diferentes tipos de força (contração máxima voluntária, força isométrica e força isocinética). Resultado: A busca eletrônica identificou 152 artigos, dos quais foram selecionados 22 que respondiam aos critérios utilizados para a revisão. Para avaliar a qualidade metodológica, foi utilizada a escala de PEDro. Conclusão: Concluímos que, após os pacientes com EM realizarem programas de exercício, ocorreu aumento de força, sendo mais significativa essa melhoria quando avaliados em dinamometria isométrica.
Descargas
Citas
BROEKMANS, T. et al. Effects of long-term resistance training and simultaneous electro-stimulation on muscle strength and functional mobility in multiple sclerosis. Mult. Scler., v. 17, n. 4, p. 468-77, 2011.
COMPSTON, A.; COLES, A. Multiple sclerosis. Lancet, v. 372, n. 9648, p. 1502-17, 2008.
DALGAS, U.; STENAGER, E.; INGEMANN-HANSEN, T. Multiple sclerosis and physical exercise: recommendations for the application of resistance-, endurance- and combined training. Mult Scler, v. 14, n. 1, p. 35-53, 2008.
DALGAS, U. et al. Fatigue, mood and quality of life improve in MS patients after progressive resistance training. Mult. Scler., v. 16, n. 4, p. 480-90, 2010.
DALGAS, U. et al. Muscle fiber size increases following resistance training in multiple sclerosis. Mult. Scler., v. 16, n. 11, p. 1367-76, 2010.
DALGAS, U. et al. Neural drive increases following resistance training in patients with multiple sclerosis. J. Neurol., v. 260, n. 7, p. 1822-32, 2013.
DODD, K. J. et al. Progressive resistance training did not improve walking but can improve muscle performance, quality of life and fatigue in adults with multiple sclerosis: a randomized controlled trial. Mult. Scler., v. 17, n. 11, p. 1362-74, 2011.
FIMLAND, M. S. et al. Enhanced neural drive after maximal strength training in multiple sclerosis patients. Eur. J. Appl. Physiol., v. 110, n. 2, p. 435-43, 2010.
FOLLAND, J. P.; WILLIAMS, A. G. The adaptations to strength training: morphological and neurological contributions to increased strength. Sports Med., v. 37, n. 2, p. 145-68, 2007.
GIOVANNONI, G. Multiple sclerosis related fatigue. J. Neurol. Neurosurg. Psychiatry, v. 77, n. 1, p. 2-3, 2006.
KJOLHEDE, T.; VISSING, K.; DALGAS, U. Multiple sclerosis and progressive resistance training: a systematic review. Mult. Scler., v. 18, n. 9, p. 1215-28, 2012.
LERDAL, A. et al. A prospective study of patterns of fatigue in multiple sclerosis. Eur. J. Neurol., v. 14, n. 12, p. 1338-43, 2007.
LUBLIN, F. D. Clinical features and diagnosis of multiple sclerosis. Neurol. Clin., v. 23, n. 1, p. 1-15, 2005.
MOTL, R. W.; GOSNEY, J. L. Effect of exercise training on quality of life in multiple sclerosis: a meta-analysis. Mult. Scler., v. 14, n. 1, p. 129-35, 2008.
MOTL, R. W.; MCAULEY, E.; SNOOK, E. M. Physical activity and multiple sclerosis: a meta-analysis. Mult. Scler., v. 11, n. 4, p. 459-63, 2005.
NOSEWORTHY, J. H. et al. Multiple sclerosis. N. Engl. J. Med., v. 343, n. 13, p. 938-52, 2000.
PELFREY, C. M. et al. Sex differences in cytokine responses to myelin peptides in multiple sclerosis. J. Neuroimmunol., v. 130, n. 1-2, p. 211-23, 2002.
RAMAGOPALAN, S. V. et al. Multiple sclerosis: risk factors, prodromes, and potential causal pathways. Lancet Neurol., v. 9, n. 7, p. 727-39, 2010.
RUBIN, S. M. Management of multiple sclerosis: an overview. Dis. Mon., v. 59, n. 7, p. 253-60, 2013.
WHITE, L. J. et al. Resistance training improves strength and functional capacity in persons with multiple sclerosis. Multiple Sclerosis, v. 10, n. 6, p. 668-674, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos submetidos e publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião do Comitê Editorial. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. O manuscrito submetido deve ser original, não podendo ter sido publicado em qualquer outro veículo de informação científica, e nem submetido para publicação em outra revista científica. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Mineira de Educação Física, ficando sua reimpressão total ou parcial de acordo com a licença Creative Commons Attibution 4.0. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.