Desafios e possibilidades no processo de avaliação da aprendizagem de estudantes com deficiência visual na universidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v9i1.822

Palavras-chave:

Avaliação. Estudantes com deficiência visual. Educação Superior.

Resumo

A avaliação da aprendizagem é um tema desafiador e avaliar estudantes com deficiência visual é ainda mais complexo. O estudo objetivou identificar e analisar os desafios docentes na avaliação da aprendizagem de estudantes cegos ou com baixa visão na universidade e as tecnologias assistivas que favorecem as práticas avaliativas. Para desenvolver a pesquisa, realizamos entrevistas narrativas com docentes atuantes com estudantes com deficiência visual no primeiro semestre de 2016, tendo como critério o maior tempo de atuação docente na instituição pesquisada. As entrevistas foram gravadas, transcritas, organizadas em agrupamentos temáticos e analisadas com base na análise de discurso, com amparo em referenciais Foucaultianos. A maioria dos docentes declarou o desafio de estar atento e contemplar as singularidades de cada aluno e relatou que aprendeu a trabalhar com os estudantes com deficiência visual, contando especialmente com os ensinamentos que os próprios estudantes difundiram.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tania Mara Zancanaro Pieczkowski, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

 

Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo e doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisadora e professora titular C, no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação na Unochapecó.


Jiovana Grapilha, Universidade comunitária da Região de Chapecó

 

Estudante do Curso de Pedagogia. Bolsista de iniciação Científica pelo Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU).


Referências

ANASTASIOU, Lea das Graças. Docência no Ensino Superior e profissionalização. In: Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul (Anpedsul), 4., Curitiba. 2004. Anais… Curitiba, 2004. 1 CD-ROM.

ANDRADE, Sandra dos Santos. Entrevista narrativa ressignificada nas pesquisas educacionais pós-estruturalistas. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2.ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014. P. 175-196.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n.º 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica; n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 dez. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 11 maio 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192>. Acesso em: 11 maio 2018.

BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009.

BRASIL. INEP. Censo da educação superior de 2013. Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação, 2013. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse>. Acesso em: 11 maio 2018.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 11 maio 2018.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13. 409 de 28 dez. 2016. Altera a Lei no 12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das instituições federais de ensino. DOU de 29.12.2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13409.htm>. Acesso em: 11 maio 2018.

CHIZZOTTI, Antonio. Políticas públicas: direito de aprender e avaliação formativa. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 11, n. 3, p. 561-576, set./dez. 2016.
Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/issue/view/506/showToc>. Acesso em: 30 jun. 2017.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 16. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005.

GASTALDO, Denise. Pesquisador/a desconstruído/a e influente? Desafios da articulação teoria-metodologia nos estudos pós-críticos. (Prefácio). In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2.ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014. P. 9-13.

ISAIA, Silvia Maria de Aguiar; BOLZAN, Doris Pires Vargas. Construção da profissão docente: possibilidades e desafios para a formação. In: ISAIA, Silvia Maria de Aguiar; BOLZAN, Doris Pires Vargas; MACIEL, Adriana Moreira da Rocha (Orgs.). Pedagogia universitária: tecendo redes sobre a educação superior. Santa Maria: UFSM, 2009. P. 163-176.

LUZ, Claudia Ferreira da; SOUZA, Ana Lúcia Santos; DUARTE, Ana Cristina Santos. Educação inclusiva e tecnologias assistivas: uma análise acerca da aprendizagem de deficientes visuais. In: IV Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade". São Cristovão - SE, 2012.

MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves. Metodologias de pesquisas pós-críticas ou sobre como fazemos nossas investigações. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza, 2014. P. 17-24.

PIECZKOWSKI, Tania Mara Zancanaro. Inclusão no ensino superior: barreiras relatadas pelos estudantes com deficiência. In: AnpedSul, 14., Anais… Caxias do Sul, jul./ago. 2012. Disponível em: <https://goo.gl/r57DX1>. Acesso em: 11 maio 2018.

PIECZKOWSKI, Tania Mara Zancanaro. Inclusão de estudantes com deficiência na educação superior: efeitos na docência universitária. 2014. 208f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2014.

SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz Tadeu da; HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 15 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. P. 73-102.

Downloads

Publicado

2018-10-19

Como Citar

PIECZKOWSKI, T. M. Z.; GRAPILHA, J. Desafios e possibilidades no processo de avaliação da aprendizagem de estudantes com deficiência visual na universidade. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 9, n. 2, p. 215–229, 2018. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v9i1.822. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/6917. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos