O registro reflexivo do professor de educação infantil como arma de luta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i0.7085

Palavras-chave:

Registro, Professores de educação infantil, Pró-Saber

Resumo

Este artigo aborda o papel do registro nos processos de formação de professores. A temática é um recorte da realização de uma pesquisa desenvolvida em 2016, um estudo de caso, sobre o Curso Normal Superior do Pró-Saber, localizado na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo norteador da pesquisa foi conhecer uma proposta de formação de professores que se pretende alinhada com a concepção democrática de educação. A instituição de ensino superior oferece habilitação exclusivamente em Magistério da Educação Infantil e a escrita, considerada fundamental dentro da proposta pedagógica, atravessa a formação desde o primeiro dia de aula. A investigação despertou questões acerca do que registrar, que concepções de infância e educação infantil norteiam tal prática e que benefícios o hábito desse exercício pode aportar. As conclusões apontam que o registro (escrito, falado, filmado, fotografado, pintado, desenhado) é instrumento que confere poder e autonomia ao professor, uma vez que contribui para a consolidação de saberes que amalgamam a teoria com a prática do cotidiano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristina Carvalho, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutora em Educação (PUC-Rio). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação do Departamento de Educação da PUC-Rio. Coordenadora do Curso de Graduação em Pedagogia e do Curso de Especialização em Educação Infantil (PUC-Rio). Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação, Cultura, Museu e Infância – GEPEMCI.

Monique Gewerc, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação (PUC-Rio). Mestre em Educação (PUC-Rio). Integrante do Grupo de Pesquisa em Educação, Museus, Cultura e Infância (GEPEMCI PUC-Rio). Sua pesquisa concentra-se nas áreas de infância, educação infantil, formação cultural de professores.

Referências

BARBOSA, S. N.; MAIA, M. N. M.; RONCARATI, M. “Elas aproveitam para andar aqui.”: as crianças e as instituições de educação infantil. In: Educação Infantil: Formação e Responsabilidade. Campinas, SP: Papirus, 2013.
BENJAMIN, W. Obras Escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. 8a. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.
BRASIL CNE/CEB N 20/2009B. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação InfantilBrasilia, 2009.
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FERREIRA, L. H.; PRADO, V. T.; ARAGÃO, A. M. F. DE. A formação do professor por suas narrativas?: desafios da docência. Revista Hipótese, p. 204–227, 2015.
FOCHI, P. S.; PIVA, L. F.; FOCESI, L. V. A documentação pedagógica como mote para a formação de professores?: o caso de uma escola participante do OBECI teacher training?: the case of a school participating in the OBECI. Crítica Educativa, v. 2, n. 2, p. 165–177, 2016.
FREIRE, M. Educador. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
FREIRE, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D´água, 1997.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GENESCÁ, A. C.; CID, L. A. Pró-Saber: imaginação e conhecimento. [s.l.] Edições Pró-Saber, 2013.
OSTETTO, L. E. (ORG. . Educação infantil: saberes e fazeres da formação de professores. 5a. ed. Campinas SP: Papirus, 2012.
OSTETTO, L. E. (ORG. . No tecido da documentação, memória, identidade e beleza. In: Registros na educação infantil: pesquisa e prática pedagógica. Campinas SP: Papirus, 2017. p. 19–53.
PENA, A. C. “Para explicar o presente tem que estudar a história do passado”: narrativas de profissionais de escolas comunitárias de Educação Infantil da Baixada Fluminense. [s.l.] PUC-Rio, 2015.
RINALDI, C. Criatividade como qualidade do pensamento. In: Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. São Paulo: Paz e Terra, 2012. p. 203–217.
SOUZA, S. J. E, KRAMER, S. Política; Cidade; Educação: Itinerários de Walter Benjamin. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2009.
TIRIBA, L., BARBOSA, S. N., SANTOS, N. O cotidiano da Educação Infantil: Buscando interações de qualidade. In: Educação Infantil: Formação e Responsabilidade. Campinas SP: Papirus, 2013.
TRISTÃO, F. Ser professora de bebês: uma profissão marcada pela sutileza. Zero-a-seis, v. 6, n. 9, 2004.
VIGOTSKI, L. A formação social da mente. 7a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Publicado

2019-12-18

Como Citar

CARVALHO, C.; GEWERC, M. O registro reflexivo do professor de educação infantil como arma de luta. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 10, p. e019022, 2019. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v10i0.7085. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/7085. Acesso em: 21 nov. 2024.