Pedagogia do oprimido (1968-2018): da revolução ao reencontro da esperança
DOI:
https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v9i3.1114Palabras clave:
Pedagogia do Oprimido. Paulo Freire. Pedagogia da Esperança.Resumen
Este artigo incide sobre os 50 anos do livro “Pedagogia do oprimido”, de Paulo Freire, concluído fora do Brasil em 1968 e publicado em 1970. Considera o livro como núcleo articulador de uma obra complexa, polifônica e em construção/reconstrução permanente. Deste prisma, como declarado por Freire, faz parte de uma trilogia que começa com a sua tese acadêmica de 1959 (Educação e atualidade brasileira), continua em “Educação como prática da Liberdade” (1965) até desaguar no livro em tela. E pode se dizer que continua em outras obras posteriores, a exemplo de “Ação cultural para a liberdade e outros escritos” (1970). Considera-se, também, o fato de que seu autor pretendeu reescrevê-la e o fez, em parte, nos livros “Pedagogia da esperança - um reencontro com a Pedagogia do oprimido” (1992) e “Política e educação” (1993). Nesta reescrita, quase 25 anos depois, Freire refez conceitos, apostou em outro paradigma, descartou personagens e ênfases do livro de 1968, demonstrando o permanente movimento de reconstrução epistemológica marcado pelas circunstâncias históricas das suas práticas político-pedagógicas no Brasil, na América Latina, nos Estados Unidos, na Europa, na África.
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