Administrando trabalho e família: um estudo de caso sobre mulheres profissionais com alto nível de instrução
Abstract
O aumento da escolaridade e a ascensão profissional da mulher têm ampliado sua autonomia, bem como sua participação na sociedade e na economia. Tais questões, por sua vez, tendem a impactar a vida pessoal e familiar das mulheres, propiciando mudanças em suas rotinas e estruturas familiares. Nesse sentido, o presente estudo buscou analisar como mulheres profissionais com alto nível de instrução, mais especificamente funcionárias da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba, gerenciam trabalho remunerado e família e, além disso, quais são as implicações dessa gestão na vida pessoal e profissional das mesmas. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se o questionário, com perguntas objetivas e subjetivas. Constatou-se que as mulheres procuram conciliar o trabalho doméstico àquele que é realizado fora do lar; fato que gerou a necessidade de contratar o trabalho de terceiros para a execução das atividades domésticas pelas quais essas mulheres são responsáveis. Contudo, mesmo com a participação de outras pessoas em tais atividades, as funções domésticas não deixaram de ser realizadas pelas mulheres estudas, o que ocasionou uma dupla jornada de trabalho.
Downloads
References
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1977.
BATTHYÁNY, K.; CABRERA, M. S.; DEDE, G.; MACADAR, D.; PARDO, I. Gênero e pobreza: desigualdades entrelaçadas. Observatório da cidadania. 2005. Disponível em: <http://www.socialwatch.org/ es/informeImpreso/pdfs/tematicosb2005_bra.pdf>. Acesso em: 20 mai 2008.
BAUER, M.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
BRUSCHINI, C. Mulher, casa e família. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1990. 222 p.
BRUSCHINI, C. Trabalho feminino no Brasil: novas conquistas ou persistência da discriminação? 1998. Fundação Carlos Chagas, São Paulo, Brasil. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar /ar/libros/lasa98/Bruschini.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2008.
BRUSCHINI, C.; LOMBARDI, M. R. A bipolaridade do trabalho feminino no Brasil contemporâneo. Cadernos de Pesquisa, n. 110, jul. 2000.
BRUSCHINI, C.; LOMBARDI, M. R. Instruídas e trabalhadeiras: trabalho feminino no final do século XX. Caderno Pagu [online]. 2002, n.17-18, pp. 157-196.
BRUSCHINI, C.; PUPPIN, A. B. Trabalho de mulheres executivas no Brasil no final do século XX. Cadernos de Pesquisa, v.34, n.121, p. 105-138, jan./abr. 2004.
COELHO, M. C. O valor das intenções: dádiva, emoção e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
CRUZ, T. A.; ALVARENGA, S. C.; SILVA, A. R.; CARMO, M. I. Perfil empresarial de Viçosa. Viçosa, MG: CENSUS, 2004.
DARTIGUES, A. O que é fenomenologia? São Paulo: Moraes, 1992
D’ÁVILA, S. M. G. O significado do trabalho feminino para famílias de trabalhadoras de uma indústria de confecção em fortaleza, CE. 1999. Tese (Doutorado em Economia Doméstica) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1999.
DUTRA, E. P. S. et al.. Observatório social em revista. Ano 2, nº 5. Florianópolis: BAN GRAF, 2004. Disponível em <http://www.observatoriosocial.org.br/download/ ReGehondaport.pdf. >Acesso em 09/011/2010.
FIGUEIREDO, L. Mulheres nas Minas Gerais. In: PRIORE, Mary Del (Org.). Histórias das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2001. p. 44-141.
FONSECA, C. Família fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000.
FONTENELE-MORÃO, T. M. Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e persistência. Brasília. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Mulheres brasileiras, educação e trabalho. Disponível em: http://www.fcc.org.br/mulher/series_historicas/mbet.html. Acesso em: 18 nov 2010.
GOLDANI, A. M. Famílias e gêneros: uma proposta para avaliar (des)igualdades. 2000. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/pdf/2000/Todos/gent2_1.pdf>.Acesso em: 24 mar. 2008.
GOMES, F. P.; ARAÚJO, R. M. Pesquisa Quanti-Qualitativa em Administração: uma visão holística do objeto em estudo. Disponível em:<http://www.ead.fea.usp.br/Semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/152.pdf>.Acesso em: 18 nov 2010.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tempo, trabalho e afazeres domésticos: um estudo com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001 e 2005. 2007. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=954>. Acesso em: 27 out. 2008.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados do Censo 2010 publicados no Diário Oficial da União do dia 04/11/2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=31. Acesso em: 17 nov 2010.
LAVINAS, L. Perspectivas do emprego no Brasil: in?exões de gênero e diferenciais femininos. In: LAVINAS, L.; LEÓN, F. (Orgs.). Emprego feminino no Brasil: mudanças institucionais e novas inserções no mercado de trabalho. Santiago do Chile: Cepal, setembro de 2002.
LELIS, C. T.; TEIXEIRA, K. M. D.; SANTANA, M. M.; MORAIS, L. S.; OLIVEIRA, M. M.; FREITAS, M. C. P.; OLIVEIRA, P. R. C.; LINHARES, A. M.; ROSADO, A. P. N. Análise da divisão sexual de papéis em famílias de camadas populares urbanas. OIKOS. Viçosa, v. 19, n.2, p. 169-189, 2008.
LUCENA, P. Jornada flexível influencia na escolha da carreira feminina. Disponível em: http://economia.ig.com.br/carreiras/jornada+flexivel+ influencia+na+escolha+da+carreira+feminina/n1237962122860.html. Acesso em: 12 mai 2011.
MARRI, I.; WAJNMAN, S. Esposas como principais provedoras de renda familiar. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu – MG – Brasil, de 18 a 26 de setembro de 2006. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/ABEP200 6_731.pdf>. Acesso em 25 nov 2010.
MASLACH, C. O maior stress. Veja on-line. Edição 1959. 7 de junho de 2006. Disponível em: http://veja.abril.com.br/070606/p_092.html. Acesso em: 10 nov 2010.
MELO, H. P. Gênero e pobreza no Brasil. 2005. Disponível em: <http://200.130.7.5/spmu/docs/GEnero Pobreza_Brasil04.pdf>. Acesso em: 13 mai 2008.
MIRANDA, R.A.; DOMINGUES, E.P. Jornada ao trabalho e escolhas residenciais na região metropolitana de belo horizonte. 2007. Disponível em: <http://www.banconordeste.gov.br/content/aplicacao/Eventos/ForumBNB2007/docs/jornadadotrabalho.pdf>. Acesso em: 17 de jun. 2008.
NASCIMENTO, C. R. R. Masculino e feminino no contexto da família: representações sociais e práticas educativas em famílias de classe popular. 2006. 249 f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2006.
NETO, O. C.; MOREIRA, M. R.; SUCENA, L. F. M. Grupos focais e pesquisa social qualitativa: o debate orientado como técnica de investigação. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 13., 2002, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto, MG: UFOP, 2002.
NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em administração. São Paulo, v.1, n.3, 2º semestre de 1996.
OLIVEIRA, C. R. de. História do trabalho. 4. ed. São Paulo: Ática, 2001.
OLIVEIRA, Z. L. C. A provisão da família e a pobreza: o caso de Belo Horizonte. In: SEMINÁRIO AS FAMÍLIAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL. Belo Horizonte, 2005. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/ outros/FamPolPublicas/ZuleicaOliveira.pdf>. Acesso em: 12 maio 2008.
PANGUILA, A. Taxa de escolarização da mulher demonstra competência para assumir qualquer função. Disponível em: http://criasnoticias.wordpress.com/2008/ 07/29/taxa-de-escolarizacao-da-mulher-demostra-competencia-para-assumirqualqu er-funcao/ Acesso em 10 nov 2010.
POCHMAN, M.; AMORIM, R. Atlas da exclusão social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2004.
PROBST, E. R. A evolução da mulher no mercado de trabalho. Santa Catarina: Instituto Catarinense de Pós-Graduação, 2003.
PUGLISI, M.L.; FRANCO, B. Análise de conteúdo. 2. ed. Brasília: Líber Livro, 2005.
RAQUEL, T. A Evolução da Mulher no Mercado de Trabalho. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7688055/mulher. Acesso em: 11 nov 2010.
RIDENTI, S. G. U. A Desigualdade de gênero nas relações parentais: o exemplo da custódia dos filhos. In. ARILHA, M.; RIDENT, S. G. U.; MEDRADO, B. (Orgs.). In: Homens e masculinidades. [S. l.]: Outras Palavras, 1998. p.163- 183.
ROCHA, S. Pobreza no Brasil. Afinal, de que se trata? 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getulio Vargas, 2006.
ROCHA, D.; DEUSDARÁ, B. Análise de Conteúdo e Análise do Discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória. Alea. vol 7, n. 2, julho-dezembro 2005, p. 305-322. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/alea/ v7n2/a10v7n2.pdf. Acesso em: 24 nov 2010.
SAFFIOTI, H. I. B. (2002). Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
SARTI, C. A. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Orgs.). Família: redes, laços e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2007. p. 21-36.
TAMAYO, A. Prioridades axiológicas, atividade física e estresse ocupacional. Revista Administração Contemporânea. 2001, vol.5, n.3, pp. 127-147. ISSN 1982-7849. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rac/v5n3/v5n3a07.pdf. Acesso em: 10 nov 2010.
TANURE, B.; CARVALHO NETO, A.; ANDRADE, J. O. Sucesso e (In) Felicidade do Executivo. São Paulo: Campus, 2007.
VEJA ON-LINE. Sem tempo para ninharias. Edição 1959. 7 de junho de 2006. Disponível em: http://veja.abril.com.br/070606/p_092.html. Acesso em: 10 nov 2010.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
VILABOL, M. A. O estudo de caso. Disponível em <http://mariaalicehof5. vilabol.uol.com.br/>. Acesso em: 21 nov 2010.
WAGNER, A.; PREDEBON, J.; MOSMANN, C.; VERZA, F. Compartilhar tarefas? Papéis e funções de pai e mãe na família contemporânea. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 21, n. 2, p. 181-186, maio-ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v21n2/a08v21n2.pdf>. Acesso em: 18 de fev. 2008.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Oikos: Família e Sociedade em Debate. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Para a disponibilização e utilização dos artigos em acesso aberto, o periódico adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International Public License: CC BY 4.0. Isso significa que outras pessoas podem compartilhar - copiar ou distribuir o material em qualquer mídia ou formato; adaptar - remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, desde que atribuído o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações" (CC BY 4.0).
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Quanto às questões de plágio, a Oikos utiliza o software de verificação de similaridade de conteúdo – política de plágio (CopySpider) nos artigos submetidos ao periódico.
Ao submeter o artigo, o autor se compromete que os dados relatados no artigo não são resultados de má conduta ética, tais como: dados produzidos, uso indevido de imagens, falsificação, plágio, autoplágio ou duplicidade. O autor declara que nada no artigo infringe qualquer direito autoral ou de propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, ele poderá responder integralmente por qualquer dano causado a terceiros, em todas as esferas administrativas e jurídicas cabíveis, nos estritos termos da Lei nº 9.610/98