Conflitos Ambientais no Norte de Minas Gerais: A Resistência dos Vazanteiros
DOI :
https://doi.org/10.36363/rever722018169-189Résumé
A modernização da agricultura na região esteve pautada em quatro pilares: agricultura/fruticultura irrigada, monoculturas de eucalipto, pecuária extensiva e monoculturas de algodão. Nesta perspectiva que se cria o Projeto Jaíba, por meio de uma estrutura para a irrigação, tendo como conseqüência a criação de unidades de conservação como medidas compensatórias, ao longo da baixada média do Rio São Francisco, que provoca conflitos com comunidades vazanteiras: Pau Preto, Pau de Légua, Quilombo da Lapinha e Quilombo da Praia, resultando na construção da articulação dos Vazanteiros em Movimento contra a sobreposição dos parques. Deste modo, propõe-se uma reflexão sobre os conflitos ambientais que surgem em virtude da criação de unidades de conservação, em territórios construídos historicamente por comunidades tradicionais, num processo que desconsidera as especificidades locais e provoca a descaracterização de práticas socioprodutivas. Para tanto, utilizaremos referencias bibliográficas regionais e dados coletados em campo.