O EFEITO AGUDO DA CADÊNCIA DE EXECUÇÃO SOBRE O NÚMERO MÁXIMO DE REPETIÇÕES NO EXERCÍCIO DE FLEXÃO DE BRAÇOS SOBRE O SOLO
Palabras clave:
flexão de braços no solo, cadência, fadiga, treinamento de forçaResumen
Objetivo: Reconhecer a influência da cadência sobre o número máximo de repetições no exercício de flexão de braços no solo (FBS). Material e Métodos: A amostra contou com 27 militares (18,9 + 0,5 anos; 65,1 + 9,1 kg; 173,6 + 5,9 cm). Os indivíduos realizaram séries de repetições máximas de flexão de braços no solo, em dias distintos e com diferentes velocidades (marcadas por sinais sonoros) de execução, até a fadiga subjetiva. A referência de uma repetição completa seguiu o padrão utilizado pelo exército brasileiro em seus testes de aptidão física. Os dados foram normatizados na base do tempo, separados em quatro cadências de execução (R1, R2, R3 e R4) e analisados pelo teste ANOVA com post hoc LSD e p>0,05. Resultados: Os valores encontrados referentes a R1, R2 e R3 apontam diferença significativa quando comparados aos valores de R4. Os valores de R1, R2 e R3 não mostraram diferença significativa entre si. Conclusão: O exercício de FBS quando executado com cadência livre é mais eficiente, ou seja, atinge-se número maior de repetições, se comparado ao exercício FBS executado com cadência estabelecida, tendo em vista que a preocupação do executor em realizar o exercício no tempo estipulado pelos sinais sonoros do metrônomo gera descontinuidade no movimento, tornando-o menos eficiente.
Descargas
Citas
BARROSO, R.; TRICOLI, V.; UGRINOWITSCH, C. Adaptações neurais e morfológicas ao treinamento de força com ações excêntricas. Revista Brasileira Ciência e Movimento, v. 13, n. 2, p. 1110122, 2005.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. C 20-20: treinamento físico militar. 3. ed. Brasília: EGGCF, 2002.
BRASIL. Exército Brasileiro. Portaria n. 032 do Estado-Maior do Exército, de 31 de março de 2008. Aprova a Diretriz para o Treinamento Físico Militar do Exército e sua Avaliação. Boletim do Exército, Brasília, DF, n. 15, 11, abr. 2008.
CHAPMAN, D. et al. Greater muscle damage induced by fast versus slow velocity eccentric exercise. Int. J. Sports Med., v. 27, n. 8, p. 591-8, 2006.
CLARKSON, H. M. Musculoskeletal assessment: joint range of motion and manual muscle strength. 2. ed. Philadelphia: Lippincott, 1999.
CORVINO, R.B. et al. Taxa de desenvolvimento de força em diferentes velocidades de contrações musculares. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 15, n. 6, p. 428-431, nov./dez. 2009.
CRONIN, J.B.; MCNAIR, P.J.; MARSHALL, R.N. Force-velocity analysis of strength-training techniques and load: implications for training strategy and research. J. Strength Cond. Res., v. 17, n. 1, p. 148-55, 2003.
DELAVIER, F. Guia dos movimentos de musculação. 3. edição. Editora Manole. Tamboré, 2002.
DUBIK, J. M.; FULLERTON, T. D. Soldier Oveloadingin Grenada. Mil Ver, v. 67, p. 38-7, 1987.
EDMAN, K. A. P. Desempenho contrátil das fibras musculares. In: KOMI, P. V. Força e potência no esporte. São Paulo: Artmed, 2006. p. 129-148.
ENOKA, R. M. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2000.
GENTIL, P. Bases científicas do treinamento de hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
GEORGE, J.D.; FISHER, A.G.; VEHRS, P.R. Tests y pruebas físicas. Barcelona: Editorial Paidotribo, 1996.
GLANER, M.F. Importância da aptidão física relacionada à saúde. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Florianópolis, v. 5, n. 2, p.75-85, 2003.
GOMES P.S.C.; PEREIRA M.I.R. Effect of testing velocity on total resistance work at submaximal load. Med. Sci. Sports Exerc., v. 34, (5 Suppl.), p. S152, 2002.
GUEDES, D.P. Atividade física, aptidão física e saúde. In: CARVALHO, T.; GUEDES, D.P.; SILVA, J.G. (Org.). Orientações básicas sobre atividade física e saúde para profissionais das áreas de educação e saúde. Brasília: Ministério da Saúde e Ministério da Educação e do Desporto, 1996.
GUEDES, D. Manual prático para avaliação em educação física. São Paulo: Manole, 2006.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. São Paulo: Manole, 2008.
HEYWARD, V.H. Avaliação física e prescrição de exercício. Porto Alegre: Artmed, 2004.
HUNTER, G.R.; SEELHORST, D.; SNYDER, S. Comparison of metabolic and heart rate responses to super slow vs. traditional resistance training. J. Strength Cond. Res., v. 17, n. 1, p.76-81, 2003.
KEELER, L. K.; FINKELSTEIN, L. H. et al. Early-phase adaptations of traditional-speed vs. superslow resistance training on strength and aerobic capacity in sedentary individuals. J. Strength Cond. Res., v.15, n. 3, p. 309-14, 2001.
MACDOUGALL, J.D.; RAY, S.; SALE, D.G.; MCCARTNEY, P.L.; GARNER, S. Muscle substrate utilization and lactate production during weightlifting. Canadian Journal of Applied Physiology, v. 24, n. 3, p. 2090215, 1999.
MARTINS, M. E. A. et al. Relação da performance na barra fixa com a força de preensão manual e tempo de sustentação na barra fixa. Revista de Educação Física, n. 128, p. 65-71, 2004.
PEREIRA, M.I.R.; GOMES, P.S.C.; BHAMBHANI3, Y. Número máximo de repetições em exercícios isotônicos: influência da carga, velocidade e intervalo de recuperação entre séries. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 13, n. 5, p. 297-291, 2007.
POLLOCK, M.L.; WILMORE, J.H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993.
SILVA, E.B. Efeitos da frequência de treinamento, ritmo e pegada na puxada na barra sobre a força muscular e creatina quinase em conscritos do Exército Brasileiro. 1999. 139 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 1999.
SHEPSTONE, T. N.; TANG, J. E. et al. Short-term high- vs. low-velocity isokinetic lengthening training results in greater hypertrophy of the elbow flexors in young men. J. Appl. Physiol., v.98, n.5, p.1768-76, 2005.
THORSTENSSON A.; GRIMBY, G.; KARLSSON, J. Force-velocity relations and fiber composition in human knee extensor muscles. J. Appl. Physiol., v. 40, n. 1, p. 12-6, 1976.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos submetidos e publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião do Comitê Editorial. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. O manuscrito submetido deve ser original, não podendo ter sido publicado em qualquer outro veículo de informação científica, e nem submetido para publicação em outra revista científica. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista Mineira de Educação Física, ficando sua reimpressão total ou parcial de acordo com a licença Creative Commons Attibution 4.0. Deve ser consignada a fonte de publicação original. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.