Desenvolvimento profissional de professoras iniciantes

impactos da ação da coordenação pedagógica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22294/eduper/ppge/ufv.v11i.8995

Palavras-chave:

Período de iniciação docente, Coordenação pedagógica, Desenvolvimento profissional

Resumo

Considerar o processo de desenvolvimento profissional docente é relevante para as reflexões sobre professores iniciantes. Entretanto, em relação a esse processo, a atuação da coordenação pedagógica escolar, com esses professores, ainda é pouco compreendida. Este artigo tem por objetivo analisar as implicações das ações da coordenação pedagógica no desenvolvimento profissional de duas professoras iniciantes. Realizou-se um estudo qualitativo com docentes iniciantes que foram indicadas por gestores escolares (coordenadores pedagógicos e diretores). Os dados de campo foram coletados através de observação e entrevista e a análise qualitativa dos dados deu-se a partir das contribuições de Bogdan e Biklen (1994). O estudo revelou que a coordenação pedagógica impactou no desenvolvimento profissional das docentes: uma delas recebeu um apoio estruturado que pouco favoreceu a construção da autonomia e do conhecimento profissional; a outra vivenciou um sentimento de solidão e de dúvidas, mas experienciou, também, junto a uma coordenadora, a percepção das próprias fragilidades e a necessidade de mudança no processo de ensino. Compreender essas ações pode favorecer o surgimento de outras, que melhor contribuam para o desenvolvimento profissional docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silmara de Oliveira Gomes Papi, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Professora do Departamento de Educação e Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Referências

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Líber Livro, 2005.

BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996.

CARMO, Leonardo Bezerra do. A atuação do coordenador pedagógico com o professor iniciante - panorama dos estudos acadêmicos de 2003 a 2016. In: PORTILHO, Evelise Maria Labatut; VIEIRA, Alboni Marisa Dudeque Pianovski (org.). Anais eletrônicos do XIII Congresso Nacional de Educação - EDUCERE. Curitiba: PUCPRess - Editora Universitária Champagnat, 2017. p. 410-423.

CONTRERAS, José. A autonomia de professores. Tradução de Sandra Trabuco Valenzuela. São Paulo: Cortez, 2002.

DOMINGUES, Isaneide. O coordenador pedagógico e a formação contínua do docente na escola. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2014.

GUARNIERI, Maria Regina. O início da carreira docente: pistas para o estudo do trabalho do professor. In: GUARNIERI, Maria Regina (org.). Aprendendo a ensinar: o caminho nada suave da docência. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 5-23.

HUBERMAN, Michaël. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, António. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1995. p. 31-61.

IMBELLONI, Luiz Eduardo. Scientific articles' titles: thanks for the information contained in your title. Revista Brasileira de Anestesiologia. Campinas, v. 62, n. 2, p. 139-140, mar./abr. 2012.

IMBERNÓN, Francisco. La formación y el desarollo profesional del profesorado: hacia uma nueva cultura profesional. 3 ed. Barcelona: Graó, 1998.

IMBERNÓN, Francisco. Qualidade do ensino e formação do professorado: uma mudança necessária. São Paulo: Cortez, 2016.

LIMA, Emília Freitas de (org.). Sobrevivências no início da docência. 1 ed. Brasília: Líber Livro, 2006.

MARCELO GARCÍA, Carlos. Formação de Professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.

MARCELO GARCÍA, Carlos. Pesquisa sobre a formação de professores: o conhecimento sobre aprender a ensinar. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 9, p. 51-75, set./dez. 1998.

MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A didática e as contradições da prática. 3. ed. Curitiba: Ibepex; Papirus, 2009.

MOLLICA, Andrea Jamil Paiva. O professor especialista iniciante: contribuições do coordenador pedagógico para seu trabalho. 2015. 247 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015.

NONO, Maévi Anabel; MIZUKAMI, Maria da Graça. Processos de formação de professoras iniciantes. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 87, n. 217, p. 382-400, set./dez. 2006.

NÓVOA, António. Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa: Educa, 2002.

PAPI, Silmara de Oliveira Gomes. Professoras iniciantes bem-sucedidas: um estudo sobre seu desenvolvimento profissional. 2011. 300 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2011.

PINTO, Umberto de Andrade. Pedagogia escolar: coordenação pedagógica e gestão educacional. São Paulo: Cortez, 2011.

PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; SOUZA, Vera Lúcia Trevisan de (org.). Aprendizagem do adulto professor. São Paulo: Loyola, 2006.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005.

THOMPSON, Edward Palmer. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

VAILLANT, Denise; MARCELO, Carlos. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma aprendizagem. Curitiba: UTFPR, 2012.

Publicado

2020-06-21

Como Citar

PAPI, S. de O. G. Desenvolvimento profissional de professoras iniciantes: impactos da ação da coordenação pedagógica. Educação em Perspectiva, Viçosa, MG, v. 11, n. 00, p. e020007, 2020. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v11i.8995. Disponível em: https://beta.periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/8995. Acesso em: 22 nov. 2024.